Última alteração: 2019-08-12
Resumo
Este trabalho de iniciação científica consiste de um estudo exploratório sobre os modos de funcionamento e de financiamento de laboratórios experimentais. Neste mapeamento prévio sobre organizações e arranjos coletivos com atuação nas áreas de arte, cultura, ciência e tecnologia, adotou-se um recorte espaço-temporal, ao considerar tanto a localização na cidade de Curitiba (PR) quanto entidades estabelecidas entre 2010 e 2019. Na pesquisa de campo foram realizadas vinte (20) encontros ou visitas aos locais e entrevistas semiestruturadas com profissionais responsáveis por diferentes tipos de laboratórios experimentais, FabLab e makers. Esses grupos atuam em áreas de inovação e no campo da arte e tecnologia, design, jogos digitais, audiovisual e animação digital. Embora muitos laboratórios integrem instituições de ensino superior, públicas e privadas ou organizações culturais, identificou-se um modelo FabLab recentemente instalado pelo setor industrial enquanto as secretarias de educação, municipal e estadual, optaram por implantar laboratórios tipo makers ou pedagógico de inovação (LAPI). Por outro lado, entre as respostas dessas organizações sobre os modos de financiamento, foram mencionados recursos próprios, editais e acesso à outros instrumentos de políticas públicas nas áreas da cultura, ciência, tecnologia e educação. Quanto aos recursos públicos, os gestores apontam ausência de editais dirigidos aos laboratórios experimentais, burocracia dos órgãos de fomento e a demora dos trâmites como principais empecilhos na aplicação das verbas tanto na manutenção, atualização da infraestrutura e das equipes quanto para o desenvolvimento de projetos de pesquisas de inovação.