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CÂMERA E LUZ: UM ESTUDO SOBRE A FOTOFRAFIA DOS FILMES O PAGADOR DE PROMESSAS, CENTRAL DO BRASIL, O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FÉRIAS E MADAME SATÃ
Última alteração: 2019-08-13
Resumo
A narrativa cinematográfica envolve diversas formas de comunicação com o público que vão desde o roteiro até a finalização nas ilhas de edição. Entretanto, cabe a direção de fotografia a responsabilidade de materializar as ideias de um roteiro em imagens, a partir do conceito estético definido pela direção fílmica. A escolha da iluminação dos planos, da angulação e do movimento da câmera objetivam tanto a construção do discurso fílmico quanto a compreensão deste por parte do espectador. A fotografia cinematográfica se constitui por meio de técnicas de composição da imagem que possibilitam, inclusive, a construção de significados por parte do espectador, tanto do implícito quanto do explícito ao mundo diegético. Buscando desvelar o potencial da imagem fílmica como fonte de informação e conteúdo no momento da recepção, com base nos estudos sobre o leitor de segundo nível de Umberto Eco, analisa-se aspectos relacionados à fotografia dos seguintes filmes: O pagador de promessas, Central do Brasil, O ano em que meus pais saíram de férias e Madame Satã. Interessa-se, portanto, analisar nestas obras, como as escolhas da fotografia interferem na construção de significados que extrapolam a narrativa e produzem novos significados quando do encontro do filme com espectador. Para tanto, considerando o potencial de sentidos e sensações que a imagem pode proporcionar e com base nos pressupostos teóricos de Robert Edgar-Hunt, Joseph Mascelli, Jacques Aumont, Ismail Xavier, Lúcia Santaella, dentre outros, pretende-se analisar a fotografia destes filmes, tanto com relação ao esmero técnico, quanto ao potencial sensorial, afim de elucidar questões relacionadas ao efeito estético possibilitado no momento da fruição fílmica.
Palavras-chave
Fotografia fílmica; Efeito estético; Filmes brasileiros.