Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), V EAIC e II EAEX

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Transcrição e instrumentação para flauta doce
João Jordano Brandalise Pereira

Última alteração: 2019-08-11

Resumo


Esta pesquisa contemplou a transcrição e instrumentação de repertório baseado na obra originalmente escrita para piano solo For Children, volume I e II do compositor húngaro Béla Bartók para quarteto de flautas doces, conjunto formado pelas flautas doce soprano, contralto, tenor e baixo. O objetivo principal foi transcrever e instrumentar para quarteto de flauta doce sete peças da coletânea For Children. Os objetivos específicos abrangeram desde a transcrição e instrumentação dessas obras, a edição das partituras e do áudio, a execução e testagem em aulas coletivas de flauta doce e a divulgação das partitura. Os procedimentos metodológicos consistiram em três etapas: primeiramente, na seleção e na análise das peças, seguida da realização da transcrição e instrumentação, disponibilizando as partituras digitalmente no programa de edição Musescore e em gravação digital. A segunda etapa consistiu na execução e testagem das transcrições nas aulas de flauta doce do Curso de Licenciatura em Música da instituição (Campus de Curitiba I – Embap) e em ensaio na 36ª Oficina de Música de Curitiba, durante curso ministrado pelo flautista Mark Radcliffe, da Inglaterra. A terceira etapa compreendeu a revisão bibliográfica de livros, dissertações, artigos científicos e partituras. Autores como Yan (2010), Borusch (2008) e Pottier (2011) foram consultados. Em relação à seleção das peças, todas pelas passaram pelos critérios: de escolha pessoal do acadêmico, clareza da melodia e averiguação se a peça era propícia para ser subdividida polifonicamente em quatro vozes. Os resultados apontam que foi necessário trocar uma das sete peças selecionadas para atender aos critérios mencionados. As transcrições consideraram as devidas adequações em relação às alturas, tessituras e timbres. Houve necessidade de fazer-se algumas adaptações, como a duplicação de vozes, quando no original há trechos a três vozes, e a adaptação da altura real das peças, geralmente para oitavas mais agudas. Em relação à instrumentação, foram tomadas decisões no sentido de manter a expressividade distinta e o caráter próprio das peças, considerando sempre transcrever a ideia original o mais fielmente possível. Os comentários realizados pelo flautista citado e pela professora Ângela Sasse foram decisivos para a realização dos ajustes. Concluiu-se que o desenvolvimento desse projeto possibilitou que alunos de flauta doce em nível de aprendizagem inicial e intermediário tivessem à disposição material da literatura musical moderna para estudo, apreciação e execução neste instrumento, ampliando a oferta de repertório.

 


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