Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), V EAIC e II EAEX

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A ESCULTURA E A FOTOGRAFIA NO CAMPO EXPANDIDO
Fernanda da Motta

Última alteração: 2019-08-14

Resumo


A partir da tradução inédita para o português da introdução e dos capítulos 1 e 3 do livro “Retracing the Expanded Field” (2007) a pesquisa girou em torno desse redesenhar do campo expandido, termo cunhado por Rosalind Krauss em 1979 através de seu texto “Sculpture in the Expanded Field”. Os capítulos escolhidos para a tradução compõem duas mesas redondas de teóricos da arte e da arquitetura discutindo como o campo expandido se desdobrou nos últimos 30 anos. A tradução trouxe à luz questões importantes da arte contemporânea, desde a linguagem de alguns artistas até o apagamento, ou enevoamento, do meio na linguagem artística. A pesquisa prosseguiu focando nos artistas e nos trabalhos que aderiram a fotografia como um meio de transformação dela mesma e da escultura. Ao longo deste estudo foi constatado como a fotografia se tornou umas das principais linguagens determinantes da arte contemporânea, e também as possibilidades que se abrem a partir do seu uso. Através da análise de trabalhos como dos artistas Dan Graham e Robert Smithson uma nova problemática emergiu. Levando em conta trabalhos fotográficos destes artistas que, primariamente, são reconhecidos como escultores nos moldes contemporâneos da escultura em seu campo expandido, observamos na construção da imagem fotográfica uma carga e um tom escultural, trazendo aí um novo desdobramento de ambos os campos, onde paisagem e arquitetura - binômio norteador do campo expandido - se transformam em uma escultura bidimensional através da perspectiva investida pelo artista com sua câmera.