Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), V EAIC e II EAEX

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BENEFÍCIOS DA MUSICOTERAPIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
Gislaine Cristina Vagetti

Última alteração: 2019-08-07

Resumo


A doença de Alzheimer (DA) é, atualmente, uma das principais patologias associadas ao processo de envelhecimento. Tratamentos não farmacológicos, como a utilização de música, têm sido relacionados a uma melhor qualidade de pessoas com DA. Este estudo teve objetivo revisar a literatura sobre os benefícios da Musicoterapia na DA. Foram utilizadas as bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), LILACS, Pubmed/Medline e a Revista Brasileira de Musicoterapia, com os descritores da plataforma MeSH e DeCS: Musicoterapia, Doença de Alzheimer e Idoso, nos idiomas português e inglês. Foram realizadas combinações, entre os descritores, mediante a utilização dos operadores booleanos AND e OR. Foram encontrados 169 artigos, apenas cinco foram incluídos por atenderem os seguintes critérios de inclusão: artigos originais publicados em periódicos peer-reviewed com objetivo de verificar a relação entre a DA e musicoterapia e estudos publicados a partir do ano de 2004 até o ano de 2018. Dos cinco estudos publicados, 1 era do Brasil, 1 da Austrália, 1 dos Estados Unidos, 1 da Islândia e 1 da Espanha, sendo a maioria escrita no idioma inglês. A idade dos participantes ficou entre 70 a 96 anos, a maioria dos atendimentos foi realizado em grupos, e somente 2 estudos especificaram o gênero, sendo a maioria do sexo feminino. Quanto ao período de intervenção musicoterapêutica, 2 estudos tiveram um período de seis semanas, 1 estudo, intervenção de três meses e outro de um ano. Tendo como média 1 sessão de musicoteparia a cada quinze dias, com duração entre 20 a 45 minutos, sendo utilizados os seguintes instrumentos: violão, djembe, shakere, maraca, músicas gravadas em CD’s. Como estratégia de interação danças, jogos musicais e improvisação. Todos os estudos, utilizaram a música de forma receptiva com os pacientes com DA, apontando benefícios, entre eles: a melhora de aspectos emocionais, psíquicos, sociais, a diminuição da agressão de vários idosos, a melhora no quadro depressivo, a melhora na ansiedade dos idosos, fortalecimento das relações e influência no controle da dor. Com esse estudo percebeu-se que é reduzido o número de estudos sobre musicoterapia e DA.  Espera-se que novas investigações sejam realizadas buscando resultados advindos da intervenção musicoterapêutica para subsidiar a prática clínica.

 

 


Palavras-chave


Musicoterapia; Pessoa; idosa