Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), V EAIC e II EAEX

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DANÇA E INCLUSÃO: O PONTO DE VISTA DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA
Gaya Lengler Rossi

Última alteração: 2019-08-07

Resumo


Este estudo pretende apresentar o modo como estudantes de um Curso de Bacharelado e Licenciatura em Dança percebem sua experiência de formação acadêmica para o processo de inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na prática da dança. Para isso, foi realizado um estudo de caso de natureza qualitativa, com uso de entrevista semiestruturada como instrumento de análise. Os entrevistados foram estudantes do Curso de Bacharelado e Licenciatura em Dança da UNESPAR que na época estavam atuando no ambiente da Educação Básica como estagiário no referido curso ou como docente titular. Os dados foram discutidos em interface com o conceito de aprendizagem inventiva proposto por Virgínia Kastrup, com ênfase na contextualização das relações teórico-práticas no contexto pesquisado em interface com o processo de inclusão de diferentes corpos na produção de conhecimento em dança. O estudo demonstrou que a inclusão de pessoas com necessidades especiais é percebida pelos estudantes como algo natural, como uma desestabilização já esperada, pois estão incorporados pensamentos sobre uma dança que se faz na inventividade e, portanto, na diversidade. Nota-se também que é percebido que pessoas com determinadas deficiências e necessidades têm suas especificidades, mas para corpos que acolhem a heterogeneidade, que criam no coletivo, inventam no tempo presente e assumem a errância como parte da experiência, essas especificidades tornam-se parte do aprendizado.