Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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CRENÇAS LINGUÍSTICAS E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA PÚBLICA
Milena Simão Silva

Última alteração: 2017-07-28

Resumo


Durante o processo de ensino-aprendizagem, com base nas prescrições da gramática normativa, a escola apresenta ao aluno a norma padrão, como a norma linguística de prestígio, socialmente aceita. Nessa perspectiva, falar e escrever bem consiste em utilizar “corretamente” as regras gramaticais. A gramática normativa, por sua vez, ao apresentar as regras para o bom uso da norma padrão, privilegia a escrita. Ao privilegiar a norma padrão, a gramática normativa acaba desconsiderando a variação linguística que ocorre tanto na fala como na escrita. Tal postura provoca uma disparidade entre o que está contemplado na gramática normativa e o que efetivamente ocorre em situações práticas de uso da língua, que, por sua natureza dinâmica, está sujeita à variação. Assim, este trabalho pretende apresentar os resultados de uma pesquisa realizada, por meio da aplicação de questionário, com professores de língua portuguesa da rede estadual de educação, do município de Paranavaí-PR, quanto às crenças (valoração positiva ou negativa) em relação ao ensino de língua portuguesa, e, mais especificamente, como esses professores avaliam a inserção da variação de linguística no processo de ensino-aprendizagem. Com este estudo, espera-se contribuir com as reflexões sobre um ensino de língua portuguesa na escola, que leve em consideração variação linguística, bem como, sobre o papel do professor nesse processo, em vistas a uma verdadeira pedagogia da variação linguística.


Palavras-chave


Variação Linguística. Crenças e Atitudes Linguísticas. Ensino de Língua Portuguesa.