Manguezal é um ecossistema de transição contendo vegetação do tipo arbórea-arbustiva, que se desenvolve em solo pouco consolidado, ácido e com alta concentração de sais marinhos e pouco oxigênio. As espécies que conseguem adaptar-se a essas condições conferem grande importância ecológica nas zonas costeiras, entretanto, as atividades portuárias e a urbanização vêm contribuindo com a sua degradação. A caracterização estrutural da vegetação permite avaliar as condições ambientais, assim o trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura de bosque em dois manguezais no complexo estuarino de Paranaguá com diferentes estados de conservação, no qual são encontradas as espécies Rizophora mangle L., Avicennia schaueriana Stapt & Leechm. e Laguncularia racemosa. Entre os manguezais estudados a área amostral foi dividida em duas zonas, margem e centro, esses subdivididos em 5 subáreas com aproximadamente 400m². Posteriormente, foram determinado às espécies presentes, densidade de plantas adultas, mortas e mudas, e avaliado o Diâmetro da Altura do Peito (DAP) das plantas adultas. As análises estatísticas foram feitas através do teste de Tukey ao nível de 5% no software ASSISTAT versão 7.6 Beta. Dentre as áreas analisadas o manguezal conservado apresentou uma maior densidade de plantas adultas e mortas, com as respectivas médias de 0.47 e 4.15, e o manguezal impactado com médias de 0,38 para planta adulta e 0,30 para mudas. Constatou-se a presença dos três gêneros nos manguezais, no qual a R. mangle predominou nas áreas e subáreas. Entretanto, o manguezal impactado expõe as maiores médias de DAP, entre 12,9 Laguncularia racemosa e 33,1 R. mangle. Neste contexto, os resultados sugerem que a antropização pouco influenciou na densidade, mas o provável aporte de nutrientes via antropização pode estar promovendo um melhor desenvolvimento das plantas.