Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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COMUNICAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM COM OS DEFICIENTES AUDITIVOS
Verônica Francisqueti, Maria Antônia Ramos Costa, Élen Ferraz Teston

Última alteração: 2017-08-01

Resumo


A comunicação é essencial na vida dos seres humanos por permitir o convívio em sociedade, vínculo, relacionamento interpessoal e troca de conhecimentos. Além disso, é uma ferramenta indispensável para o processo de cuidado.Objetivo: Conhecer a percepção dos profissionais de saúde em relação à comunicação com os deficientes auditivos. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza quali-quantitativa, realizada com 198 profissionais que compõem a equipe de enfermagem nas unidades básicas de saúde e pronto atendimento municipal de um município da região noroeste do estado do Paraná. Os dados foram coletados nos meses de fevereiro e março de 2017, e analisados com a utilização de softwares QDA Miner 3.2 e IBM SPSS Statistics 20. Os resultados demonstram que 53,40% dos profissionais de saúde referem sentimentos negativos sobre o atendimento proporcionado aos deficientes auditivos, 60,10% descreveram que o atendimento oferecido é realizado com dificuldade, e a maioria (92,4%) acredita estar despreparada para atender o deficiente auditivo. Verificou-se que 83,8% não sabiam se comunicar com os deficientes auditivos e 96,5% não sabem se comunicar em LIBRAS, pois 100% dos profissionais afirmam que a instituição não ofereceu nenhuma capacitação em LIBRAS. Frente à falta de conhecimento específico utilizavam diferentes estratégias visando quebrar à barreira de comunicação, dentre elas: gestos e escritas (18,7%), fala e gestos (11,6%), escrita (8,6%), fala, gestos e escrita (5,1%) e gestos (4%), sendo que essa barreira influencia diretamente no atendimento ofertado, e que na percepção de 7,20% dos profissionais o atendimento foi inadequado. Conclui-se que na percepção dos profissionais de saúde a maioria apresenta-se com déficit no conhecimento sobre o processo de comunicação com os deficientes auditivos, gerenciando a barreira de comunicação decorrente de não saberem se comunicarem em LIBRAS. Desta forma os profissionais relatam sentimentos negativos como impotência, incapacidade, constrangimento e insegurança, e apresentaram-se despreparados para o atendimento, comprometendo a assistência à saúde. Sugere-se a inclusão de processo permanente de qualificação dos profissionais para a comunicação com deficientes auditivos, visando à melhora da qualidade do atendimento ofertado a esses clientes nos serviços de saúde.


Palavras-chave


Comunicação. Perda auditiva. Pessoal da saúde.