Nas Universidades, o modelo de gestão democrático pressupõe a participação de toda a comunidade acadêmica nas decisões políticas que envolvem o cotidiano universitário. Nesse espaços, a mobilização estudantil representa a luta pelos direitos dos estudante e de resistência contra o sucateamento do ensino público universitário, consequência do implemento das políticas neoliberais. Refletindo nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar a representatividade do movimento estudantil da Unespar, campus Apucarana, a partir da opinião da comunidade acadêmica. Assim, foi elaborado um questionário, com perguntas abertas e fechadas, direcionadas aos professores, agentes universitários e estudantes, através de documento online. Do total de professores do campus, apenas 19 responderam ao questionário, o que representa 12,6%, e entre os agentes universitários, 26,3% responderam (5). Deste total, 21 (87%) conhecem a União Nacional dos Estudantes, mas apenas 8 (33%) participaram ativamente do movimento estudantil, em suas vidas acadêmicas. A ação estudantil é tida como importante por 95,8% dos que responderam à pesquisa. Contudo, professores e agentes universitários desconhecem a  interação do movimento estudantil da Unespar através dos sete campi, mas ressaltam a importância de uma maior participação dos estudantes nas decisões da Universidade.Já entre os estudantes, dos 108 que responderam ao questionário, 45,3% (48) se consideram representados pelo Diretório Central dos Estudantes local e 51,5% (53) se identificam com o movimento estudantil. Contudo, apenas 5,6% (6) participam ativamente do movimento no campus. A maioria dos estudantes compreende que o movimento estudantil tem o papel de lutar pelos direitos dos estudantes, mas não identificam ações nesse intuito. Apesar dessa limitação, os estudantes identificaram que o movimento estudantil no campus de Apucarana é positivo e necessário. Os resultados apontam para a necessidade de fortalecer a mobilização no campus de Apucarana e consequentemente em toda a Unespar, uma vez que a luta pelo direito à educação pública, gratuita e de qualidade não se refere a uma demanda apenas dos estudantes, como também  de toda comunidade acadêmica e sociedade.