Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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ESTRUTURA DA ASSEMBLEIA DE AVES EM ÁREAS VERDES URBANAS NO SUL DO BRASIL
Bianca Corrêa

Última alteração: 2016-07-22

Resumo


A conversão de habitats florestais em matriz urbana gera impactos significativos reduzindo a biodiversidade, por isso áreas verdes urbanas são fundamentais, garantindo serviços ecossistêmicos efetuados pela fauna. Um dos grupos mais utilizados para compreender os efeitos da urbanização são as Aves, pois a estrutura de suas assembleias responde rapidamente as modificações da oferta de recursos, onde algumas espécies tornam-se extintas ou têm abundância reduzida, enquanto outras se tornam abundantes. Neste sentido, este estudo visa descrever a estrutura da assembleia de aves em áreas verdes urbanas (praças) localizadas no município de União da Vitória e Porto União, divisa entre Paraná e Santa Catarina.  Estão sendo realizadas amostragens sazonais em três praças compostas por árvores esparsas, gramados e áreas de recreação. A metodologia utilizada para o censo das aves foi a contagem direta através de transsectos, com esforço amostral proporcional ao tamanho das áreas. Até o momento foram obtidas informações completas sobre três estações (primavera ao outono), com o registro de 55 espécies. A ordem mais representativa foi dos Passeriformes (n= 36 sp.; 65, 5%). A praça que apresentou o maior número de espécies (n= 43) foi a menor em tamanho (Praça Prudente de Brito), nela houve o registro exclusivo de Turdus leucomelas, Turdus subalaris, Progne chalybea, Progne tapera, Basileuterus culicivorus, Sporagra magellanica, Ramphastos dicolorus, Guira guira e Amazona vinacea. Na Praça Coronel Amazonas houve três espécies exclusivas: Caracara plancus, Camptostoma obsoletum e Tangara peruviana, num total de 39, enquanto a Expedicionários, com 38 espécies, teve a presença exclusiva de Myiozetetes similis, Pipraeidea bonariensis e Cypseloides senex. As métricas que compõem a biodiversidade apresentam uma queda substancial na estação do outono, bem como as de abundância, que quando analisadas, tanto em conjunto quanto para cada área verde, apresentou um aumento significativo no verão. Mesmo que preliminarmente, é possível observar que a avifauna em áreas verdes urbanas responde a sazonalidade e possui relativa representatividade, ressaltando a importância destas ilhas de vegetação para a persistência de populações de aves, inclusive espécies ameaçadas de extinção de acordo com o IUCN, como Amazona vinacea (em perigo) e Tangara peruviana (vulnerável).


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