Fitólitos são partículas de sílica amorfa resultantes da absorção de ácido silícico (Si (OH4)) do solo pelas plantas, sendo precipitadas entre as células e no interior das mesmas ao longo da vida. Considerando aplicabilidade em estudos paleoambientais, deve ser considerado sua durabilidade, pois os fitólitos preservam-se em locais onde a preservação de outros bioindicadores e.g. pólens não é possível, podendo este ser usado como uma alternativa viável em estudos de reconstrução paleoambiental. Nesse sentido, o estudo teve por objetivo a avaliação dos fitólitos da família Cyperaceae, foram selecionadas 11 espécimes referentes a 11 gêneros (Bolboschoenus robustus; Kyllinga odorata; Pycreus polystachyos; Fimbristylis dichotoma; Lipocarpha humboldtiana; Bulbostylis capillaris; Scleria distans; Carex sororia; Pleurostachys stricta; Rhynchospora barrosiana; Lagenocarpus rigidus). A extração dos fitólitos e preparação das lâminas permanentes foi operada conforme as seguintes etapas: a) separação e lavagem de 3 gramas de folhas; b) dissolução química (ácido sulfúrico e clorídico, solução 1:4); c) redução do pH via lavagem com água destilada; e d)  montagem das lâminas com Entelan®. Foram contados 600 fitólitos para cada espécie. O fitólito predominante para todas elas foi o tipo “Cone shape”, comum para esta família botânica, no entanto foram detectadas variações como: a) base arredondada com espinhos (P. polystachyos, F. dichotoma, L. humboldtiana e B. capillaris) b) base hexagonal e lisa, sem a presença de espinhos (B. robustus, S. distans, P. stricta e L. rigidus) c) base quadrada e lisa, sem a presença de espinhos (C. sosoria e R. barrosiana) d) base hexagonal com a presença de espinhos (K. odorata). A espécie a apresentar o menor “Cone shape” foi L. rigidus (base (8,1 μm) ápice (3,5 μm)) e a que apresentou o maior “Cone shape” foi F. dichotoma (base (18,7 μm) ápice (5,7 μm)). [Agradecimentos ao CNPq processo 471.385/2012-3].