Última alteração: 2016-08-04
Resumo
O artigo analisa a variação linguística dos alunos camponeses do 5º ao 9º ano, por meio das vertentes fonéticas e morfológicas. Observamos se o meio e o convívio social dos alunos camponeses contribuem para com a variação linguística e se a variação é respeitada e valorizada. A pesquisa foi resultado de leituras bibliográficas, questionários e entrevistas sobre o modo de fala dos alunos matriculados do 6º (sexto) ao 9º (nono) ano do ensino fundamental em um colégio no município de Diamante do Norte – Paraná, comparando com os alunos provenientes da zona urbana, observando e analisando se de alguma forma os alunos provenientes do campo são prejudicados na variação linguística. Discutimos o comportamento dos professores, principalmente de língua portuguesa, buscando descobrir qual a melhor postura que poderiam adotar. Para o feito, utilizamos como metodologia as pesquisas bibliográficas e de campo. Através desse estudo, verificamos a existência de variação linguística entre os alunos camponeses e os alunos da cidade, mas também a perca dessa variação na oralidade dos alunos camponeses no decorrer do avanço dos anos letivos. No sexto ano, a margem de palavras faladas de forma distante da norma culta da língua portuguesa era de apenas 41% do total, já no nono ano, esse número subiu para 59%, indicando uma mudança de 18% na oralidade desses alunos, que foram se aproximando das convenções da norma língua culta da língua portuguesa. Constatamos assim, haver uma perda significativa dessa variação camponesa proveniente dos alunos residentes na zona rural por meio do convívio social com alunos e professores moradores da zona urbana. Por fim, considerando as constatações e análises do tema proposto, contingencial ao contexto social e revelador na variação linguística entre alunos camponeses e alunos das cidades, avaliamos contributivo para o desenvolvimento sócio educacional deles e dos educadores que trabalham diariamente na educação.