Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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PRÁTICAS DE ESCRITA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Nayara Emidio de Lima, Adriana Beloti

Última alteração: 2017-12-19

Resumo


Este trabalho trata de uma prática de escrita como processo na Educação Básica. Nosso objetivo é compreender como essa prática, pautada na concepção de escrita como trabalho (FIAD; MAYRINK-SABINSON, 1991) mostra-se mais adequada para o desenvolvimento das capacidades linguístico-discursivas e para a constituição da escrita dos estudantes. Para tanto, sustentamo-nos nas discussões de Menegassi (1998), Jesus (2004) e Beloti (2016) relacionadas ao processo de escrita, revisão e reescrita, nos tipos de correção que o professor pode empregar, apresentados por Ruiz (2010), nas reflexões sobre as operações linguístico-discursivas, conforme Gasparotto (2014) e nas DCE (PARANÁ, 2008), que orientam as práticas de ensino nas escolas. Nesta pesquisa, analisamos produções textuais escritas do gênero discursivo Resumo, realizadas no ano de 2016, por uma turma de sétimo ano do Ensino Fundamental II de um colégio da rede estadual de Campo Mourão, considerando todas as versões do texto. Observamos como são estabelecidas as interações entre a professora e os estudantes durante o processo de produção textual, de que forma os apontamentos de revisão da professora orientam as etapas de revisão e de reescrita dos estudantes e, por fim, como os estudantes respondem às intervenções em suas produções. Os resultados evidenciaram que a prática processual de escrita possibilita o desenvolvimento das capacidades linguístico-discursivas e a constituição da escrita dos estudantes, por proporcionar a reflexão sobre seus próprios textos e possibilitar condições à produção de textos mais completos e adequados, linguística e discursivamente, à situação de interação verbal social.


Palavras-chave


Escrita como processo; Produção textual; Educação Básica.