O petróleo é composto por hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, além de carbono e hidrogênio. Estes componentes apresentam propriedades tóxicas, cancerígenas, teratogênicas, mutagênicas e de toxicidade persistente podendo ser introduzidos na cadeia alimentar. Por este motivo a biorremediação é uma solução que vem sendo estudada pois consiste na utilização de micro-organismos que degradam contaminantes do petróleo em formas menos tóxicas. O objetivo foi avaliar a capacidade de degradação de hidrocarbonetos de fungos leveduriformes isolados de manguezais do Litoral do Paraná pertencentes Coleção de Cultura do Laboratório de Genética Molecular e de Micro-organismos (LAGEM) da UNESPAR Campus de Paranaguá e de fungos filamentosos da Coleção de Cultura do Laboratório de Epidemiologia Molecular (LAEM) da Universidade Federal do Paraná com indicador 2,6-DCPIP. Na primeira etapa do trabalho optou-se por realizar um screening inicial de degradação em meio mínimo mineral (MM) com adição de 1% de petróleo para observação visual de degradação. Após o screening inicial, os fungos foram submetidos ao teste com o indicador redox 2,6-DCPIP. Este teste foi realizado em placas de 96 poços onde foram adicionados MM e 2,6-DCPIP (1g/L) em cada poço com acréscimo dos isolados e o petróleo em concentrações de 10, 15 e 20%, para um volume final de 300 µL. As placas foram cobertas com papel alumínio para que evitasse a foto oxidação do indicador, em seguida colocadas sob a agitação contínua a 120 rpm a 32 °C com fotoperíodo de 12 horas durante 2 semanas. No screening inicial, com observação visual da degradação, foram detectados 4 isolados de fungos (21M6, 1F1, GM2, PF) e 4 de leveduras (A287, A231, A235) como capazes de assimilar petróleo como nutriente. As leveduras que obtiveram resultados positivos com o teste de indicador foram A231 e P2M3(35). Entretanto, novos estudos são necessários para confirmar nossos achados, bem como a identificação molecular dos isolados.