Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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As mulheres na crítica de arte de Fernando Bini
Ana Paula Krachinski

Última alteração: 2017-09-19

Resumo


No conjunto da produção de textos críticos do paranaense Fernando Bini (1949), é possível identificar em torno de vinte escritos dedicados à artistas mulheres. Neles, evidencia-se o papel decisivo que o crítico tem nas exposições no que diz respeito a auxiliar o público a se aproximar mais da obra de arte, elucidando aspectos menos evidentes. Dentre as artistas destacam-se: Alice Yamamura (1954-2008), Constancia Nery (1936), Cristina Mendes (1962), Dani Henning (1967), Deise Marin (1965), Elisabeth Titon (1949), Guilmar Silva (1943-2008), Helena Wong (1938-1990), Ida Hannemann de Campos (1922), Leonor Botteri (1916-1998), Mainês Olivetti (1952), Marta Berger (1964), Tânia Bloonfield (1963) e Violeta Franco (1931-2006). Os textos sobre essas profissionais são confrontados com referenciais teóricos como os artigos que compõe o livro “Arte, crítica e mundialização”, publicado pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, textos do crítico norte americano Clement Greenberg; textos do crítico brasileiro Mario Pedrosa, entre outros. O uso da leitura especializada junto à outras fontes primárias de pesquisa têm sugerido questionamentos. A quantidade de mulheres nesta área tem sido menor do que a de homens, contudo, trata-se de um grupo bem significativo que reúne artistas de notoriedade na cena artística local desde as primeiras décadas do século XX. Se vê, então, que a presença feminina se fez constante nas vitrines mais conhecidas do circuito artístico, desempenhando papel marcante na história da arte local. A presença da figura feminina no âmbito das artes plásticas foi determinante para o seu desenvolvimento e consolidação, uma vez que as mulheres trabalhavam sem alardes, o que fez com que a arte que desempenhavam fosse crescendo e se solidificando substancialmente.  Esta maneira feminina se enraizou e delineou como seria a arte brasileira. Este pensamento vem de encontro com o que escreveu Tadeu Chiarelli (1956) “... a produção realizada por mulheres, desde o início deste século, no Brasil é fundamental para se pensar a própria arte brasileira tanto do ponto de vista de sua estruturação enquanto circuito, quanto daquele referente a certas especificidades poéticas. ”


Palavras-chave


História da Arte Contemporânea Paranaense, Crítica de Arte, Gênero