O presente estudo tem como objetivo estudar a política romana do pão e circo com o propósito de compreender o contexto dos séculos I a.C. à V d.C., período em que perdurou o Império Romano e, assim, ampliar nossa capacidade reflexiva acerca da atual realidade brasileira. O brasileiro é apaixonado pelo esporte, mais precisamente pelo futebol e, aproveitando-se dessa paixão de grande parte de nosso povo, acreditamos que na atualidade o mesmo acaba sendo usado pelos políticos como uma ferramenta de distração e mascaramento da situação econômica e política que o Brasil se encontra. Diante deste cenário apresentamos a seguinte questão: É possível que o futebol tenha assumido atualmente no Brasil o papel que as lutas de gladiadores possuíam durante a política do pão e circo romana? Realizamos uma pesquisa de caráter bibliográfico, utilizando como fonte principal a obra “Pão e Circo” de Paul Veyne. Para dialogar com o pensamento de Veyne utilizamos algumas obras como “Repensando o Império Romano: perspectiva socioeconômica, política e cultural” de Gilvan Ventura da Silva e Norma Musco Mendes e “A história do uso político do esporte” de Mário André Sigoli e Dante de Rose Júnior.  O método de análise é o da História Social, esta que investiga não somente os grandes fatos históricos, mas sim analisa e considera importante todo o contexto social do momento em que o mesmo ocorreu. Por meio da realização desse estudo pudemos compreender que na atualidade, os governantes esperam que eventos esportivos de grandes proporções, como a Copa do Mundo de Futebol realizada no Brasil em 2014, sirvam como trunfos políticos, porém, a ingerência do governo sobre as obras e o grande desperdício de dinheiro público desencadeou uma revolta no cidadão brasileiro, impossibilitando as intenções iniciais de tais eventos.