Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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DISFUNÇÃO SEXUAL EM MULHERES E INTERFACE COM PROCESSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
CLAYTON QUEIROZ SANTOS

Última alteração: 2017-08-01

Resumo


RESUMO

Palavras chaves: Sexualidade. Saúde da Mulher. Educação em Saúde.

A presença de algum transtorno na sexualidade feminina, seja de interrupção ou de alteração de qualquer uma das fases da resposta sexual (desejo, excitação, orgasmo e resolução), pode acarretar o surgimento de disfunções sexuais (ANTONIOLI, SIMÕES,2010). Essas podem se manifestar por falta, excesso ou desconforto e/ou dor associada ao ato sexual de maneira persistente ou recorrente (BINIK,2010).No Brasil, pesquisa mostrou que 8,2% das mulheres se queixam de absoluta falta de desejo sexual; 44,4% não atingem o orgasmo,quase metade das entrevistadas confessou sofrer desse bloqueio, de forma leve à grave, com predominância entre as mais jovens, de 18 a 40 anos; 26,6% têm dificuldade de excitação e 17,8%, dispareunia. Já 40,3% das mulheres relataram ter dor durante o ato sexual (ABDO, 2016; NALDONI, 2011).Tem-se que desejo de se fazer sexo com mais frequência pode não  coincidir com a realidade da maioria das  pessoas, pois a rotina atribulada, a correria do dia a dia, os estudos  e  o cansaço afetam o desejo sexual. Perante esta realidade essa pesquisa teve como objetivo analisar a presença da disfunção sexual em mulheres e sua interferência na atividade sexual, como também identificar se as mulheres receberam orientações sobre este tema nos serviços de saúde. METODO: Estudo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa.O instrumento de coleta de dados foi o questionário sobre Quociente sexual- versão feminina6,  adaptado para o objetivo deste estudo. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 114 acadêmicas da área da saúde, a média de idade das participantes foi de 22 anos, 76% das participantes nunca receberam orientações nos serviços de saúde sobre disfunção sexual, averiguou-se que as acadêmicas nos últimos seis meses de sua vida tiveram um padrão de desempenho sexual regular a bom. Em relação as fases do ciclo de resposta sexual, observou-se que 50% das entrevistadas  sentiram desejo e interesse sexual nas relações sexuais, sendo que nas preliminares se excitam sempre, na maioria das vezes sentem excitação pessoal e sintonia com o parceiro, 50% sentiram conforto acompanhado de orgasmo e satisfação. CONCLUSÃO: Conclui-se que as universitárias nos últimos seis meses tiveram uma satisfação sexual regular a bom com pequenas alterações durante o ciclo de resposta sexual. Nota-se que existe a necessidade de implementação das ações educativas sobre a disfunção sexual pelo serviço de saúde, tendo em vista que a satisfação sexual melhora a qualidade de vida das mulheres.

REFERENCIA

ANTONIOLI RS, SIMÕES D. Abordagem fisioterapêutica nas disfunções sexuais femininas. RevNeurociênc 2010; 18:267-74.

 

NALDONI LMV, PAZMIÑO MAV, PEZZAN PAO, PEREIRA SB, DUARTE G, FERREIRA CHJ. Evaluation of sexual function in Brazilian pregnant women. J Sex Marital Ther 2011; 37:116-29

 

BINIK YM.The DSM diagnostic criteria for dyspareunia. Arch Sex Behav 2010; 39:292-303.

 

ABDO, C. Pesquisa Mosaico 2.0- Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 2016. Disponivel em http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/perfil-sexual-dos-brasileiros-revela-diferencas-entre-homens-e-mulheres/. Acesso 17 fev 2017.