Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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DIVERSIDADE DE MACROALGAS DO LITORAL DO SERGIPE
Lorena da Rocha Karvat

Última alteração: 2017-07-19

Resumo


Macroalgas são organismos base de cadeia alimentar, contribuindo para a produção primária dos ecossistemas marinhos e servindo de habitat biogênico para outros organismos, além disso, são indicadores da qualidade ambiental pois são sensíveis a mudanças abruptas do meio ambiente. Sergipe é o menor estado do Brasil e possui um porto com grande terminal off-shore, movimentando  basicamente com petro e cloroquímicos, sendo uma área ambiental sensível a impactos. Desta forma, este estudo ficológico visa atualizar o inventário de macroalgas, em zonas de médio e de infralitoral raso. Contribuindo assim, para o inventário da ficoflora do Sergipe, e conformação de um banco de dados aplicáveis à planos de monitoramento ambiental. Foram realizadas coletas durante o verão em praias circunvizinhas a Aracaju, capital do estado de Sergipe: #1 Praias do Saco (limite sul amostral 11° 25’39.36”S 37° 19’04.33”W), #2 Coroa do Meio (centro, 10° 57’06.36”S 37° 01’42.74”W) e #3 na Praia do Jatobá – terminal portuário de Pirambu (limite norte, 10° 49’52.44”S 36° 55’46.81”W.). As amostragens foram realizadas em transectos paralelos a linha da costa, por meio de raspagem de substratos consolidados naturais e artificiais, duas horas antes do estofo da baixamar em zonas de supra, médio e franja do infra litoral. Foram registradas 66 espécies de macroalgas, sendo 41 Rhodophyta, 09 Phaeophyceae e 16 Chlorophyta, com predomínio das famílias Rhodomelaceae, Ceramiaceae, Corallinaceae, Cystocloniaceae, Cladophoraceae e Ulvaceae. Dez táxons foram conspícuos as três localidades amostrais: Bostrychia moritziana, Gayralia brasiliensis, Rhizoclonium riparium, Ulva fasciata, Ulva flexuosa, Sargassum platycarpum, Centroceras clavulatum, Gracilaria cervicornis, Jania adhaerens e Pterocladiella capilacea. O ponto amostral central (#2) apresentou a maior riqueza (43 espécies), porém o ponto #3 (limite norte e com maior proximidade da zona portuária) apresentou o maior número de espécies exclusivas dentre os locais amostrados. Tendo em vista a distinta composição florística de pontos próximos, e considerando a proximidade da área com zona portuária, vetor de introduções e de poluentes, sugere-se que a área seja considerada prioridade de monitoramento.


Palavras-chave


Macroficoflora. Riqueza. Costa nordeste Brasil.