O tema desta pesquisa são os processos educativos musicais envolvidos em espaços de ensino não-formais, e em como a educação musical possui um papel importante nestes espaços. Para compor o referencial teórico deste estudo, utilizou-se conceitos que abrangem projetos que trabalhem com propostas educativas com o foco na prática musical, envolvendo jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade conforme expostos por pesquisadores da área da educação musical, tais como Kleber (2008), que evidencia que aspectos nas relações sociais e nas possibilidades de aprender coisas novas formam e tornam a força motivadora, o elemento principal que envolve e que se torna a diferença em ONGs e projetos sociais. Sousa (2014), por sua vez, entende que em projetos sociais, “embora não padronizadas, as propostas didáticas devem garantir igualdade, acessibilidade, envolvimento e processos de aprendizagem musical que incluam o outro, a comunidade”. O estudo de caso desta pesquisa é o Projeto Comuna, um projeto social cujo objetivo é envolver crianças entre seis e doze anos de idade em situação de risco, em uma comunidade da cidade de Campo Largo/PR, com interações através da educação musical, e atividades musicais realizadas na comunidade. Entende-se que nesta experiência relatada a educação musical tem caráter não-formal, cujo principal objetivo é a inclusão social a partir do envolvimento artístico com a educação musical, e em como através deste projeto muitas crianças tiveram a oportunidade de ter o primeiro contato com a educação musical, obtendo uma interação mais significativa dentro da própria comunidade. Neste sentido, a pesquisa procura evidenciar a importância da música em ambientes, sejam eles formais ou não-formais, como o projeto praticado na comunidade de Campo Largo, que visem aumentar a qualidade de vida das crianças, em especial aqueles de cunho musical.

Palavras-chave: Educação musical. Educação não-formal. Inclusão social.