Introdução: No Brasil, no ano de 2011, ocorreram 98.115 atendimentos ás vítimas de violência onde 40% pertencem à faixa etária de 0 a 19 anos, vitimadas por violência física, sexual e negligência ou abandono. Objetivo: Objetivou-se analisar os fatores associados dos casos notificados de violência as crianças e adolescentes em comparação com os adultos no município de Paranavaí no período de 2010 a 2014. Metodologia: As informações foram coletadas em banco de dados virtuais, de acesso e disponibilidade pública, junto ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para análise, os dados foram tabulados em planilha do Excel^®, onde calculou-se as medidas de frequência simples e relativas e posteriormente foram realizados os testes estatísticos e estimadas as medidas de associação como a Odds Ratio. A variável dependente foi a idade <20 anos e ≥20 anos e as variáveis independentes foram os dados sociodemográficas, tipo de violência, tipo de agressor, encaminhamentos. Para todas as análises foram consideradas o intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. Resultado: Houve 166 casos de violência do ano de 2010 a 2014, ocorrendo predominantemente a agressão em vítimas do sexo feminino (61,4%), a raça mais acometida foi a de cor branca (79,5%), o principal tipo de violência foi a física (95,8%), o meio de agressão mais notificado foi o envenenamento (41%), em comparação com os adultos os jovens foram protegidos por agressões por força corporal e por objetos perfuro cortantes, porém eles apresentaram 7,2 vezes maior risco de sofrerem outras agressões, o principal local de encaminhamento das vítimas foi o setor ambulatorial (36,7%), e em relação ao desfecho dos casos a cada 100 crianças e adolescente 70 são protegidos de virem a óbito. Conclusão: A violência como retratada no presente estudo, houve sua maior prevalência nas crianças e adolescentes por meio da violência sexual e nos adultos através da violência física. Diante deste fato, para que se converta esta atual situação em nossa sociedade devem ser realizadas ações como incentivar a notificação que na maioria dos casos é omitida e fazer campanhas de prevenção e conscientização deste agravo na sociedade.