Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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MULHERES NO ENSINO SUPERIOR E NAS LICENCIATURAS: ACESSO E PERMANÊNCIA
Ana Cristina Furtado Pereira

Última alteração: 2017-07-28

Resumo


RESUMO

Estudos recentes apontam que as mulheres lideram a presença em escolas, universidades e cursos de qualificação, o que representa um avanço significativo em sua escolarização. Mesmo assim, elas recebem menos e não é devidamente valorizado o seu grau de instrução. Esta pesquisa analisa o percurso histórico da mulher brasileira na educação, especialmente em relação ao seu ingresso no ensino superior, bem como suas condições atuais de acesso e permanência neste nível de ensino, para contribuir no entendimento deste processo. Inicialmente apresentam-se os resultados do estudo bibliográfico, de caráter qualitativo, demonstrando suas lutas e conquistas no campo educacional, relacionando-as com a conjuntura social e econômica dos distintos períodos. A seguir exploram-se os dados obtidos na pesquisa de campo realizada na Universidade Estadual do Paraná – Unespar, em seus sete campi, nos 67 (sessenta e sete cursos) de Licenciaturas e Bacharelados. Foram analisados os dados quantitativos obtidos junto à Diretoria de Assuntos Acadêmicos, para verificar as condições de acesso, e também aplicados questionários para investigar as dificuldades de permanência das mulheres na graduação. Constatou-se que o acesso feminino ao ensino superior é recente no Brasil, datando da década de 1960 o seu efetivo ingresso, confirmando sua predominância nesse nível de ensino, de uma forma geral. O fato dela não ter o mesmo reconhecimento profissional que o dos homens está associado a fatores econômicos, sociais e culturais, que ocasionaram sua predominância em cursos considerados como “tipicamente femininos” e de baixa remuneração salarial. Em relação ao seu acesso na Unespar, constatou-se que elas são maioria tanto nas Licenciaturas quanto nos Bacharelados, principalmente nos cursos tradicionalmente femininos, sendo na maior parte provenientes da classe trabalhadora e de baixa renda. No que se refere à permanência, o índice maior de desistência foi do público feminino. Pôde-se constatar por intermédio de questionários aplicados que os principais motivos foram: problemas pessoais e familiares, a não identificação com o curso e condições econômicas que as impediram de permanecer na graduação. Compreender a situação educacional e profissional da mulher brasileira é um esforço teórico importante para auxiliar as lutas por sua emancipação na sociabilidade atual.

 


Palavras-chave


História da educação. Mulher. Ensino superior. Acesso e permanência.