Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS PRODUZIDOS COM RESÍDUOS DE MADEIRA, MILHO, SOJA E AVEIA
Tamara da Silva, Celia Kimie Matsuda, Tânia Maria Coelho

Última alteração: 2017-08-06

Resumo


Os resíduos provenientes do setor madeireiro e agrícola, e a disposição inadequada destes está se tornando um assunto frequente no que se refere à preservação do meio ambiente. Contudo o objetivo deste trabalho foi desenvolver painéis a partir do reaproveitamento de resíduos da madeira (serragem), milho, soja e aveia, com intuito de que este material possa contribuir para a sociedade e meio ambiente por ser sustentável, e pela possível aplicação do mesmo na construção civil como material para revestimentos. Desta forma foram produzidos dois painéis o (A) de serragem, soja e aveia; e o (B) de serragem, milho e aveia. Primeiramente foram preparados os resíduos, onde a serragem foi apenas peneirada, a palha de milho foi cortada, e colocada em uma solução com água e soda cáustica por 24h, após foi lavada em água corrente e levada a estufa. A palha de soja foi triturada e cozida em uma panela juntamente com água e soda cáustica por aproximadamente 20 min, na sequência o resíduo foi lavado em água corrente e levado à estufa, a palha da aveia seguiu a mesma metodologia de preparo da soja. Com os resíduos preparados utilizou-se uma cola composta de resina, trigo, água e catalizador, preparou-se uma massa homogeneizada manualmente que foi moldada em uma forma, prensada e acondicionada em uma estufa a 120ºC por 20h. Posteriormente seguiu-se para etapa de avaliação através de ensaios de envelhecimento, nos quais os painéis foram posicionados em uma estufa a uma temperatura de 23ºC e umidade relativa de (50 ± 5) % que foi obtida através de uma forma com água, em seguida por mais 72h a uma temperatura de 100ºC, com o ar circulante e estado seco. Após isto, realizou-se o ensaio sensorial olfativo, em que os painéis foram armazenados por 24h em uma estufa à temperatura de 23ºC, em seguida colocados em recipientes de vidro e acondicionados por 24h a 70ºC, em estado seco. E por fim, fez-se o ensaio de ataque por fungos, no qual os painéis foram levados para uma estufa por 48h, a temperatura de 23ºC, e umidade relativa de (50 ± 5) % que foi obtida através de uma forma com água. Com as avaliações os painéis se mostraram resistentes, suas cores e odores foram somente dos materiais utilizados e sem colônia de fungos. Com avaliações complementares almeja-se melhores resultados além da criação de um novo produto, com baixo custo que não cause nenhum impacto negativo e que possa ser utilizado contribuindo para o desenvolvimento sustentável.