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AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS METÁLICOS EM GRÃOS DE CAFÉ
Última alteração: 2017-08-02
Resumo
O café é uma das bebidas mais consumidas mundialmente e, no Brasil, o seu consumo se destaca entre as demais bebidas. Várias pesquisas têm afirmado que o perfil dos consumidores tem sido cada vez mais exigente, e o selo de pureza criado pela ABIC (Associação Brasileira das Indústrias do Café) tem o propósito de proporcionar ao consumidor a segurança de adquirir um produto livre de impurezas, adulterações ou fraudes. Apesar disso, pode ser observada a presença de certos compostos capazes de comprometer a saúde dos consumidores, como é o caso dos elementos tóxicos: metálicos estáveis, não degradáveis, persistentes e acumulativos, que podem causar efeitos maléficos, agudos ou crônicos, ao organismo. Assim, o objetivo da pesquisa foi a determinação dos elementos minerais em grãos de café produzidos na região do Arenito Caiuá. Os minerais pesquisados foram prata (Ag), Alumínio (Al), Arsênio (As), Cromo (Cr), Cobalto (Co), Níquel (Ni), Chumbo (Pb), Cádmio (Cd), Cobre (Cu), Zinco (Zn) e Manganês (Mn) pela Espectrometria de Absorção Atômica de Chama. As variedades de café selecionadas foram: Iapar 59, Catuaí Vermelho, Catuaí Amarelo, Bourbon e Catimor. Os resultados mostraram que os níveis médios de minerais (em mg.kg-1) encontrados nas cinco variedades de café apresentaram as seguintes variações: Al (2,69 a 20,20); Cr (0,025 a 1,425); Co (0,20 a 0,725); Ni (0,06 a 5,795); Pb (0,025 a 0,305); Cd (nd a 0,045); Cu (12,06 a 13,54); Zn (5,99 a 7,145); Mn (13,94 a 43,32). Os metais As e Ag não foram detectados na amostra. Segundo a legislação brasileira, a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 42 de agosto de 2013, que dispõe sobre os limites máximos de contaminantes inorgânicos em alimentos, impõe o limite de 0,50 mg.kg-1 para o Pb e 0,10 mg.kg-1 para o Cd, específicos para os grãos de café, observando-se dessa forma que os teores de tais elementos na presente pesquisa foram inferiores aos limites dispostos na referida resolução. O Decreto nº 55871, de 26 de março de 1965, para alimentos de uma forma geral, estabelece máximo de 0,10 mg.kg-1 para Cr, 50 mg.kg-1 para Zn, 30 mg.kg-1 para Cu, 5 mg.kg-1 para Ni e 0,50 mg.kg-1 para Pb. Observou-se que, dentre cinco variedades, duas apresentaram teor superior ao limite definido para o Cr e numa variedade o nível de Ni ficou acima do limite determinado pelo referido decreto. Os demais minerais pesquisados estão dentro dos limites estabelecidos pelo Decreto nº 55871/1965.
Palavras-chave
Café. Elementos metálicos. Limite máximo.