Última alteração: 2017-08-05
Resumo
É fato que desde a Antiguidade a questão da morte pertenceu às discussões mais profundas da Filosofia, mas com o passar do tempo tal questão foi considerada uma discussão em vão. Desta forma pretendemos retomar tais reflexões neste projeto, buscando analisar a perspectiva sobre a morte tanto da antiguidade como do medievo. Para alcançar esses objetivos utilizamos a leitura do Diálogo Fédon, de Platão do qual obtivemos ao final da leitura os seguintes resultados: a compreensão da máxima socrática-platônica “viver é aprender a morrer”, a partir desta máxima os filósofos define seu modo de vida, para além desta conclusão, o entendimento que para Sócrates a morte é tida como uma libertação do pensamento e não a morte física. Fica claro que a morte falada neste dialogo é um morrer-se aos poucos durante a vida constituindo a “vida filosófica”. Juntamente deste texto podemos agregar uma visão mais geral dos pensamentos pré-socráticos em análise do diálogo de Fédon, referente a finitude do homem, e a busca dos gregos pela “imortalidade. Para tanto, foi-se utilizado o texto de Maria Carolina Alves dos Santos “Morte e Filosofia: sobre o desejo de imortalidade dos gregos”. No tocante à medievalidade foram realizadas a análise do conceito de morte e a forma com que ele era abordado a partir do livro “A Morte na Idade Média” de Herman Braet e Werner Verbek. Deste podemos notar as seguintes considerações: a morte na Idade Média tinha um grande peso religioso, os velórios eram coletivos acompanhado pela família e comunidade após a missa fúnebre segundo os costumes, os nomes dos mesmos eram colocados em livros presentes nas igrejas. Não devemos deixar de lado as camadas sociais, pois somente os nobres eram sepultados desta maneira, enquanto os pobres eram normalmente jogados em valas comuns. Outros acontecimentos como a Peste Negra também influenciaram no trato com os cadáveres e com a morte. Conclui-se que este trabalho que é de cunho teórico e traz uma reflexão filosófica sobre um dos “problemas” que afetam o homem durante sua existência, de forma analisar as construções históricas sobre o tema, principalmente no Medievo e na Antiguidade. Destas leituras foram realizados fichamentos e pequenos textos, de modo que todo esse procedimento foi desenvolvido em discussões entre o orientador e a bolsista.