Tamanho da fonte: 

O presente trabalho propõe-se a entender o porquê da percepção negativa generalizada das obras de dança contemporânea, bem como compreender o motivo da incomunicabilidade da estética e organização dos trabalhos de dança contemporânea advindos de uma metodologia investigativa de pesquisa em dança que não corroboram com a estética que entende a dança como fluxo e continuidade do movimento baseados técnicas tradicionais. Para embasar o entendimento da receptividade negativa da dança contemporânea pelo público foram analisadas as críticas: “O Sentido e o Homem Torto” de Diego Pinheiro (2009), sobre a obra o “Homem Torto” de Eduardo Fukushima, “A Dança Contemporânea” de Artur Xexéo (2008), sobre o trabalho “Cruel” de Débora Colker, assim como a réplica a esta crítica intitulada “A Dança Contemporânea Não Existe: Ela Se Declara” de Thereza Rocha (2008). A metodologia da pesquisa caracteriza-se predominantemente como do tipo teórico-prática. Os instrumentos utilizados foram análise de referenciais bibliográficos e de trabalhos artísticos na área da dança que utilizem, principalmente, uma metodologia investigativa de criar obras coreográficas que auxiliaram na criação de procedimentos práticos para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso da orientanda, bem como a análise das três críticas citadas acima para dimensionar qual seriam os possíveis entendimentos das obras de dança contemporânea na atualidade. Os resultados da pesquisa evidenciaram um entendimento generalizado da dança como movimento em si que cumpram uma regra estética já aceita pela sociedade e suas convenções e não como um corpo com possibilidades reais de criação de experimentos coreográficos válidos que consigam atravessar outros campos artísticos denotando assim a necessidade da continuidade do estudo nesta área para obter respostas mais aprofundadas e coesas para então sugerir uma solução para a recepção negativa da dança contemporânea pelo público não assíduo de espetáculos de dança.