Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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ANÁLISE DE TAREFAS DE NATUREZA EXPLORATÓRIA E O CONHECIMENTO ESTATÍSTICO PARA ENSINAR NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA
Lucas Nilson Kmita, Everton José Goldoni Estevam

Última alteração: 2017-08-07

Resumo


Considerando as discussões acerca do conhecimento matemático para ensinar, esta pesquisa intenta discutir aspectos relacionados ao conhecimento estatístico para ensinar que se salientam na análise de uma tarefa elaborada em consonância com o ensino exploratório. O estudo foi desenvolvido em dois momentos e com grupos diversos: (i) 7 futuros professores (FP) do último ano de um curso de Licenciatura em Matemática, matriculados na disciplina Metodologia do Ensino de Matemática; e (ii) 12 FP do curso de Licenciatura em Matemática que atuam no PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, que eram acompanhados por 2 professores supervisores, além da professora coordenadora do Subprojeto. Durante o período equivalente a 4 aulas de cinquenta minutos, os FP realizaram a resolução e análise da tarefa (em duplas ou trios), com posteriores etapas de discussão e sistematização dos conhecimentos estatísticos para ensinar emergentes. Estas ações foram audiogravadas, cujas transcrições complementam as análises qualitativas realizadas das produções escritas dos FP. Os resultados obtidos com as duas experiências mostram que, de forma geral, os FP foram capazes de reconhecer os erros apresentados pelo aluno envolvido na situação, entretanto tiveram dificuldades ao trabalhar aspectos da transnumeração e padrões de elaboração gráfica. Especificamente nos resultados obtidos com os (i), percebeu-se que os FP analisaram a tarefa a partir da perspectiva de aluno ao invés da perspectiva de professor. Em (ii), por sua vez, os resultados revelam que os FP se preocuparam em compreender o modo de pensar do aluno, para então refletir sobre erros e conflitos de ideias que podem emergir durante a realização da tarefa, evidenciando aspectos do conhecimento de conteúdo e pedagógico e de aluno. Além disso, estes FP demonstram vislumbrar a análise da tarefa como um recurso promissor para auxiliar no desenvolvimento dos conhecimentos estatísticos para ensinar. Concluímos assim que a não evidenciação de alguns aspectos relacionados ao conhecimento estatístico dos FP pode justificar dificuldades no que se refere à sua visão do conhecimento estatístico para ensinar. Igualmente, o estudo sugere um potencial singular do Pibid para o desenvolvimento da visão profissional dos professores, o que favorece a problematização do conhecimento matemático/estatístico para ensinar em ações de formação inicial.

Palavras-chave


Tarefas Matemática; Licenciatura em Matemática; Educação Estatística.