Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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MAPEAMENTO CROMOSSÔMICO DE DNAs REPETITIVOS EM Hypsiboas faber (AMPHIBIA, ANURA, HYLIDAE)
Isabele Haruna Ono Zamaro

Última alteração: 2017-08-07

Resumo


A família Hylidae é reconhecida como uma das mais ricas da ordem Anura, contendo 700 espécies, o que representa cerca de 10% do total de anfíbios anuros. Os hilídeos, por possuírem dedos terminados em ventosas são popularmente conhecidos como pererecas, e passaram nos últimos anos por progressivas reorganizações filogenéticas, atualmente divididos em sete subfamílias, sendo Hylinae a maior delas com 163 espécies. Baseado tanto em marcadores morfológicos quanto genéticos o gênero Hypsiboas reorganizado a partir do gênero Hyla, está dividido em sete grupos taxonômicos amplamente distribuídos em florestas tropicais. Portanto, diante de lacunas taxonômicas e evolutivas, o presente trabalho realizou um estudo cromossômico em Hypsiboas faber baseado no padrão de distribuição de heterocromatina constitutiva, coloração com fluorocromo e mapeamento de uma família multigênica de DNAs repetitivos. Para tanto, cromossomos de H. faber foram submetidos ao bandamento C, coloração com DAPI (A-T preferencial) e hibridização fluorescente in situ (FISH) com sondas do gene de histona H4. O usual cariótipo do gênero com 2n=24 cromossomos metacêntricos e submetacêntricos foi encontrado, o qual representa uma das principais sinapomorfias dentro da subfamília Hylinae, pois gêneros distintos apresentam cariótipos muito similares. As heterocromatinas se mostraram restritas às regiões pericentroméricas de todos os cromossomos, e ricas em pares de base A-T quanto a sua composição, reflexo de uma evolução em concerto. Os genes de histona H4 foram mapeados na região proximal do par 1, um grande cluster no braço curto do par 3 e proximal no braço curto do par 7. Os genes de histonas correspondem a um complexo de família multigênica, e assim é possível que variações no número de cópias e padrões de distribuição sejam encontradas. No presente estudo acreditamos que o locus no par 3 seja o original do qual se dispersaram para os pares 1 e 7. A evolução em concerto de sequências repetitivas bem como a associação desses genes com elementos de transposição podem confirmar tal hipótese. Em conclusão, este estudo fornece a primeira descrição de mapeamento desses genes em anfíbios. Abordagens adicionais envolvendo um número maior de espécies e o mapeamento de outros genes histônicos e elementos transponíveis, darão subsídios para construir um cenário mais rico de evolução cromossômica neste grupo.

 

 


Palavras-chave


Anuros. FISH. Histonas.