Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), III ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESPAR

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Utilização de novos nanomateriais em processos de descontaminação ambiental, através de estudos de adsorção.
Fernanda de Almeida, Elias da Costa

Última alteração: 2017-08-05

Resumo


Diante da intensa contaminação dos recursos hídricos, é evidente a preocupação com a grande produção de efluentes tóxicos por parte da indústria têxtil, esses em geral são fortemente coloridos devido à presença de corantes sintéticos, os quais não são eliminados pelos sistemas de tratamento convencionais que são impróprios para esse tipo de descarte. Dentre as formas de descontaminação, a adsorção é apresentada como uma boa opção, devido à sua comprovada eficiência, em termos de aplicação, simplicidade e facilidade de operação, além de poder estar associada a outras técnicas possibilitando excelentes resultados. Este trabalho objetivou a síntese de novos nanomateriais carbonáceos, visando sua aplicação em ensaios de adsorção de corante reativo tóxico. Seis tipos diferentes de carbono foram preparados pelo próprio grupo de pesquisa e denominados C2-11, C2-1041, C4-11, C4-1041, C6-11, e C6-1041, posteriormente estas amostras foram submetidas a ensaios de adsorção por 60 minutos em um reator de bancada sem iluminação, sob agitação constante. O corante modelo empregado foi Azul QR-19 com concentração de 25 ppm. Comparativamente utilizou-se o carvão ativado comercial como padrão referência de adsorção. Em todos os ensaios utilizou-se pequenas quantidades de cada amostra para realização dos estudos e posteriormente foi realizada avaliação espectrofotométrica de todas as amostras. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios com valores de adsorção já nos primeiros cinco minutos, além disso os piores valores obtidos com as amostras preparadas foram 100%  melhores em relação ao carvão ativado comercial.A melhor amostra obtida foi a denominada C6-1041 que apresentou valores de adsorção do corante modelo em torno de 18 % e de 16 % na região do cromóforo do corante em 590 nm, com a utilização de  apenas de 3mg nanomaterial carbonáceo, valor extremamente baixo se comparado com os utilizados na literatura. Ensaios realizados da mesma forma com o carvão ativado comercial demonstrou que houve somente 1% de adsorção do corante modelo e na região do cromóforo observou-se dessorção, intensificando a cor do corante. Conclui-se que as novas formas de carbono sintetizadas demonstraram um potencial enorme, possibilitando a continuidade dos estudos para aplicações em outros processos de descontaminação ambiental visando adsorção de contaminantes distintos.


Palavras-chave


Adsorção.Nanomateriais Carbonáceos. Descontaminação Ambiental.