Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
André Wilson SOUZA

Última alteração: 2016-09-21

Resumo


RESUMO

Este resumo consiste em uma síntese da análise historiográfica sobre o desenvolvimento da divisão social do trabalho no contexto da revolução industrial inglesa (1780-1840). Nosso estudo resume-se numa análise dos capítulos sobre cooperação, manufatura e maquinaria e grande indústria de O capital de Marx; também analisamos os livros A Era das Revoluções, Da revolução industrial ao imperialismo e Capitão Swing de Eric Hobsbawm; A formação da classe operária inglesa de E. P. Thompson e A revolução industrial no século XVIII de Paul Mantoux. Priorizamos a compreensão deste desenvolvimento com ênfase na transição do trabalho artesanal para o trabalho manufatureiro e, depois, para o processo de assalariamento na grande indústria fundada na maquinaria. Vimos que a passagem do artesanato para o trabalho manufatureiro ocorreu num processo de longa duração que antecede a “explosão” da revolução industrial na década de 1780 já que no início da década de 1830 os artesãos ainda eram a maioria dos trabalhadores na Grã-Bretanha. Apreendemos as complexas mudanças no mundo do trabalho provocadas pelas transformações sociais que possibilitaram à burguesia exercer um intenso processo de exploração da classe proletária. Analisamos os conflitos e as resistências, assim como as formas de organização (sociedade de ajuda mútua, sindicatos). As condições de trabalho e de moradia dos trabalhadores. Buscamos entender a crise do artesanato no período que antecede a revolução industrial, considerando a ação do mercador manufatureiro de produzir por meio de encomendas aos artesãos que viviam no campo. Este processo levou os artesãos a perderem a matéria prima, depois os instrumentos de trabalho e, por último, perdeu também o saber fazer. Tudo isto levou a um nível extremo de expropriação que o antigo produtor uma vez alijado da propriedade dos meios e instrumentos de produção e até mesmo do saber fazer não tinha alternativa a não ser vender a sua capacidade de trabalho em troca de um mísero salário. Portanto, procuramos entender o desenvolvimento da divisão social do trabalho por meio do entendimento da organização da produção capitalista na transição para sua fase industrial. Vimos que por várias décadas o trabalho assalariado na fábrica capitalista conviveu com a resistência das corporações de ofício dos trabalhadores artesãos.

 


Palavras-chave


Divisão social do trabalho; Capitalismo; Revolução industrial

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