Em Outubro de 1838, com a prerrogativa de dar contornos a nacionalidade brasileira, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Neste contexto de Brasil Império, em março de 1898 a  Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia publicava em seu volume nº 15 artigo que se intitulava “Conservação das Florestas” onde há uma referência a Carta Régia assinada pelo Príncipe D. João VI e a Rainha D. Maria e que foi publicada em 1797. O objetivo da pesquisa é fazer um estudo da temática voltada para a História ambiental, ao mesmo tempo analisar posicionamentos, a exemplo do documento do século XVIII publicado pelo IHGB, momentos em que as atividades de ocupação territorial, em algum momento, assinalam preocupações desta ordem. Buscamos em nosso trabalho refletir sobre questionamentos de como e em qual contexto surge esse conceito de conservação ambiental e de domínio sobre o território real, uma vez que ainda que os desastres naturais sejam continuamente abordados há um desconhecimento de produção historiográfica sobre o tema meio ambiente e uma quase inexistência da temática nos livros didáticos do Ensino de História. Para isso, serão trabalhamos com as obras de autores como Karl F. P. Von Martius, Auguste Saint-Hilaire, E.P. Thompson, Bigg-Wither e clássicos como Sergio Buarque de Holanda entre outros. Em nossas considerações refletimos que apesar de o documento não apresentar uma preocupação ambiental ou uma consciência ambientalista, ele denuncia uma atividade acelerada de desmatamento e uma declaração de propriedade da Real Coroa “impondo desde logo aos ditos Proprietarios a obrigação de conservarem Madeiras e Paus Reais; estabelecendo igualmente as mais severas penas contra os Incendiarios e Destruidores das Mattas”.