Considerando o avanço da produção na piscicultura e a ampliação das práticas em curtumes de couro de peixes, nota-se uma grande geração de resíduos, nos quais não há destinação adequada tornando-se então alvo de preocupação entre ambientalistas. Uma das alternativas para a destinação final dos resíduos gerados é a reciclagem via solo. Estes resíduos podem ser utilizados como potencializadores de solos, causando uma melhoria em sua população microbiana e características químicas. Assim o objetivo foi verificar a viabilidade da aplicação de resíduo orgânico em um solo degradado, avaliando a atividade biológica e as características químicas do solo. O experimento foi realizado com resíduo de curtume de couro de peixe proveniente da Associação das Artesãs de Pontal do Paraná, o mesmo foi compostado com serragem formando ao final um composto orgânico (CO). Realizou-se seis tratamentos com doses crescente da mistura do solo degradado e composto orgânico (0, 50, 100, 200, 400 e 800 ml kg^-1 solo^-1). Como avaliação foram utilizados parâmetros como o carbono orgânico total (COT), respiração basal do solo (RBS), carbono da biomassa microbiana (C_mic), quociente microbiano (qMIC), o quociente metabólico (qCO₂), além dos caracteres químicos, sendo avaliados em duas épocas. Os resultados obtidos apontaram grande incremento na quantidade de matéria orgânica, substrato indispensável para o crescimento da maior parte dos microrganismos. E também, apresentou um acréscimo na biomassa microbiana, na qual é estimulada essencialmente pela disponibilidade e dinâmica dos nutrientes do meio. Desta forma o composto orgânico se mostrou viável na recuperação de solos degradados.