Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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A SOCIOLINGUÍSTICA NOS ANOS FINAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Flávia Thaís Carneiro

Última alteração: 2016-08-09

Resumo


O trabalho aqui apresentado expõe os resultados de uma pesquisa de iniciação científica, desenvolvido a fim de dar continuação a uma pesquisa anteriormente realizada. A Sociolinguística é uma área que vem colaborando amplamente para uma educação mais igualitária, e no Brasil pesquisas a apontam como um dos ramos linguísticos que mais contribui para a educação, sobretudo a educação das minorias (Cf. BORTONI-RICARDO, 2004). Torna-se, então, imprescindível que professores de Língua Portuguesa da Educação Básica tenham uma formação adequada em teoria sociolinguística para, assim, poder aplicá-la em sala de aula. Dentre outras contribuições, a Sociolinguística indica que onde há variação linguística há também avaliação social (BAGNO, 2007), portanto é de extrema importância que a escola seja o espaço em que o aluno compreenda o papel dessas variações, sejam elas de maior ou menor prestígio. É esse mesmo motivo que justifica a necessidade de os professores estarem devidamente preparados para promover uma educação sociolinguística em suas salas de aula. Dessa forma, a presente pesquisa objetiva investigar de que forma a Sociolinguística Educacional está presente na formação continuada de professores, de modo a desenvolver nesses agentes uma reflexão sociolinguística em sua prática pedagógica. Para isso, a metodologia adotada é a da pesquisa qualitativa, de base etnográfica colaborativa, pelo viés da pesquisa-ação (Cf. BORTONI-RICARDO, 2006; KEMMIS & MC TAGGART, 1988). Por meio de entrevistas e diários de campo, buscou-se analisar o conhecimento sociolinguístico dos professores de Ensino Médio e sua prática em sala em aula, propondo, então, uma reflexão acerca da educação sociolinguística e suas contribuições para o ensino-aprendizado de língua materna. Os resultados da pesquisa sinalizam a necessidade de um acompanhamento mais sistemático e efetivo com esses professores para que os ranços de uma gramática tradicionalista excludente tenham cada vez menos espaço nas salas de aula e para que, consequentemente, o ensino de língua materna seja de fato amplo, constitutivo e inclusivo, preparando os alunos para a legítima inserção na vida em sociedade.

Palavras-chave


Sociolinguística educacional. Ensino de língua materna. Ensino Médio.

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