O presente trabalho se propõe a analisar processos crimes contra o patrimônio (furto, apropriação indébita, latrocínio, e também crimes contra a fé pública, como a falsificação de dinheiro/moeda) enquanto fontes de pesquisa.  Além disso, buscamos desenvolver uma reflexão acerca da atuação de mulheres em crimes na comarca de Guarapuava, no período de 1965 a 1980. Tomamos como ponto de partida os estudos de gênero e violência, nos embasando em pensadores (as) como Joan Scott, Rachel Soihet, Michel Foucault, dentre outros. No tocante à metodologia, foi realizada uma análise quantitativa e qualitativa de processos-crimes disponíveis no Centro de Documentação Histórica da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, campus de Guarapuava, visando ampliar as produções cientificas que envolvem a temática. Assim sendo, por meio de uma análise de autos arrolados no interior do Paraná, obtivemos importantes resultados ao delinearmos os espaços e perfis das mulheres que cometeram crimes contra o patrimônio, o lugar que elas ocupavam na sociedade, tendo em vista os cenários, circunstâncias e pessoas vítimas de seus atos. Outrossim, intentamos  dar visibilidade às mulheres enquanto sujeitas históricas e problematizar a violência feminina enquanto objeto de estudo.