Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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CELSO FURTADO E OS PAPÉIS DO ESTADO NA CONSECUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO (1950 – 1980)
adriano teixeira

Última alteração: 2016-08-04

Resumo


 

RESUMO

 

O objetivo nesta pesquisa é compreender quais as funções do Estado brasileiro, apontadas por Celso Furtado, para que o país se torne desenvolvido.  Para isto foram levantadas, selecionadas e analisadas algumas obras de Celso Furtado, bem como artigos e livros que têm o nosso autor como objeto. Celso Furtado (1920-2004) concentrou-se, ao longo de sua trajetória intelectual e política, entre outros temas, aos estudos do subdesenvolvimento e desenvolvimento brasileiros. Com atuação politico-burocrática, Furtado enquadra-se na ideologia desenvolvimentista, presente desde os anos de 1930 até 1980. Seus respectivos projetos e programas políticos estarão à disposição tanto do governo democrático, como militar, ou seja, da década de 1950 até a década de 1980. Para o autor o binômio subdesenvolvimento e desenvolvimento é apresentado como problemática histórico-social distinta entre um e outro, mas advinda de um mesmo impulso inicial, que no caso seria, a difusão do progresso técnico do período analisado.  Nacionalista keynesiano, Furtado afirma que o processo de acumulação de capital que tende a criar desigualdades ao longo do crescimento do país. A modernização do processo produtivo no Brasil é voltada para a substituição de importações, inclusive para solucionar problemas internos. O movimento “centro-periferia” tenderá a favorecer os grandes centros industriais como centro-sul e marginalizar ainda mais as regiões degradadas historicamente, visto o nordeste brasileiro. As regiões periféricas seriam importadores de novos bens de consumo, que seriam fruto do progresso tecnológico das regiões cêntricas. A produtividade média dos países periféricos, traduzia em si na elevação de gastos e modificava o padrão de vida de uma minoria proprietária e grupos urbanos, desta forma passa a confundir-se com importações de certos padrões culturais. A "substituição de importações" assumirá a fabricação ditada pela evolução cultural dos países de alta produtividade. Esse processo imitativo  impede a inovação técnica nas economias dependentes que deveriam produzir para toda uma população.  Seria um erro portanto, ignorar a ação do Estado. Concluindo, o Estado, para Celso Furtado, deve coordenar e conduzir politicas desenvolvimentistas, modificando as estruturas que as bloqueiam como, por exemplo, o latifundismo, o corporativismo e a canalização inadequada da poupança. Assim, o Estado deve atuar de acordo com a realidade sócio-econômica do país em questão.

 


Palavras-chave


Furtado. Desenvolvimento brasileiro. Estado.

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