Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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ESTUDO DA POESIA DA MODERNIDADE: MANOEL DE BARROS
Gersonita Elpídio dos Santos

Última alteração: 2016-07-28

Resumo


Esta pesquisa teve por objetivo desenvolver um estudo sobre a poesia de Manoel de Barros, poeta brasileiro contemporâneo, a partir de dois livros da literatura infanto-juvenil que são: Exercícios de ser criança (1999) e O fazedor de amanhecer (2001). O primeiro foi ilustrado com os bordados de Antônia Zulma Diniz, Ângela, Marilu, Martha e Sávia Dumont sobre os desenhos de Demóstenes. O segundo foi ilustrado por Ziraldo. São livros que necessitam da mediação do professor, do contador de histórias, para que não se perca detalhes tão importantes da poesia de Manoel de Barros. Cada palavra impulsiona a alavanca da imaginação no surgimento de imagens surpreendentes. Os pressupostos teóricos de Paixão (1988), Pinheiro (2007), Paz (1982), Zilberman (2005), entre outros, foram fundamentais ao desenvolvimento da proposta, pela valorização dos procedimentos poéticos e revelação dos traços da modernidade presentes na poesia do poeta pantaneiro. A pesquisa abordou sobre a capacidade de expressão da poesia, no seu melhor estilo, extraindo poesia daquilo que supostamente os adultos chamam de “inútil”, como por exemplo na prosa poética “O menino que carregava água na peneira”. A água que escorre pela peneira é simbólica, como se fossem palavras escorrendo pelas mãos do eu lírico que descobre “que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira” e “encher os vazios com suas peraltagens.” Pelos resultados alcançados, constatou-se o mergulho no imaginário infantil, revelando o encanto da poesia de Manoel de Barros que está por trás daquilo que as pessoas desavisadas costumam chamar de ingenuidade.


Palavras-chave


Poesia. Modernidade. Manoel de Barros.

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