Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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ENSINO DE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DO ENSINO EXPLORATÓRIO
Natalia Celestino dos Santos, Tânia Marli Rocha Garcia

Última alteração: 2016-08-10

Resumo


Nesse resumo apresentamos um estudo a respeito do ensino exploratório, enquanto perspectiva metodológica para o ensino de matemática, que teve como objetivo compreender como essa perspectiva de ensino se concretiza na prática docente. Para tanto, foram realizados estudos teóricos a respeito do tema, e análise do trabalho desenvolvido por uma professora de Matemática, no contexto do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, que assumiu essa perspectiva de ensino como estratégia para ensinar o conteúdo de Frações, para alunos de 6º Ano. Foram analisados o projeto de intervenção pedagógica, o material didático e o artigo produzidos pela professora no desenvolvimento desse trabalho. Nesse estudo, compreendemos que o ensino exploratório é uma prática pedagógica que considera que a apredizagem matemática pode ocorrer a partir do trabalho com tarefas desafiadoras que os alunos resolvem em pequenos grupos, e podem explorar e comunicar ideias matemáticas, que são sistematizadas pelo professor, em discussão coletiva. Em sala de aula, o trabalho do professor se organiza em quatro fases: apresentação da tarefa; monitoramento do trabalho dos alunos; discussão coletiva das resoluções dos alunos e sistematização das ideias matemáticas. Destaca-se a importânica do planejamento e preparação do professor, com a antecipação de possíveis resoluções e erros dos alunos, e da dinâmica da aula, de acordo com os objetivos pretendidos. O professor precisa estar preparado para lidar com imprevistos, que são comuns em práticas de ensino em que o aluno participa de maneira ativa, e que a condução da aula depende do que o aluno apresenta. Outro aspecto a considerar é que, embora a aula tenha como ponto de partida o que o aluno já sabe e é capaz de mobilizar naquele momento, o professor direciona seu trabalho no sentido de articular as diferentes ideias que os alunos apresentam entre si, e também com o conhecimento matemático sistematizado, que é o ponto de chegada da aula. Concluimos que as práticas de ensino exploratório valorizam as vivências e os conhecimentos prévios dos alunos e oferecem oportunidades de mobilização e desenvolvimento de novas ideias, conceitos e formas de pensar, relevantes para o aprendizado matemático dos alunos.


Palavras-chave


Ensino de Matemática. Ensino exploratório. Prática docente.

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