Este trabalho refere-se à pesquisa de Iniciação Cientifica Júnior (PIC/JR), desenvolvida entre julho de 2015 a julho de 2016, cujo objetivo foi o de analisar as alterações ortográficas que ocorrem com alunos do ensino fundamental. Para isso, realizou-se uma coleta de dados numa escola pública, com dezoito (18) alunos do 5º ano do ensino fundamental, cujas idades variam de dez a doze anos. O procedimento realizado foi um ditado de 34 palavras para avaliar a capacidade dos alunos de distinguir o método de escrita correto de cada uma. Das palavras ditadas, selecionamos 24 que apresentaram alterações ortográficas mais comprometidas, tomando como referência, de análise, as onze (11) classificações elaboradas por Zorzi (1998). Os resultados coletados demonstraram alterações na escrita como: casador, casapor (caçador); tristeça, tristeza, tristesa (tristeza); machucadu, machucado (machucado); chapel, chapéu, chápeu (chapéu); perdidu, pertido (perdido); oteu, hotel (hotel); campanha, campalha (campanha); familha, fámilia (família). Os resultados da pesquisa indicaram que os alunos das séries intermediárias do ensino fundamental possuem dificuldades em assimilar a diferença fonética e gráfica das palavras. Analisando as classificações dos erros cometidos constatou-se que todos os alunos cometeram algum erro, com destaque nas “representações múltiplas”. Concluiu-se que a maior parte dos alunos têm conhecimento do som das letras trabalhado de forma isolada. Há, portanto, a necessidade de ser ensinado as possibilidades de som que cada letra pode ter.