Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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O CULTIVO DOS ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICIADOS NO MUNICÍPIO DE BARBOSA FERRAZ, PARANÁ (2005-2015)
Fabiane Avanzi Rezende, Eloisa Silva de Paula Parolin

Última alteração: 2016-08-04

Resumo


A tecnologia do DNA recombinante vem sendo utilizada na agricultura desde a década de 1990. Em 1996, a Food and Drug Administration (FDA) liberou o cultivo, a comercialização e o consumo de organismos geneticamente modificados (OGMs) nos Estados Unidos. A partir desse ano, a soja Roundup Read, produzida pela Monsanto, tornou-se a primeira planta transgênica cultivada e comercializada em grande escala. A nova semente produzida e patenteada pela multinacional norte-americana foi criada com o propósito de tornar a planta de soja resistente ao herbicida RoundUp, produzido pela mesma empresa. No Brasil, a utilização de OGMs na agricultura foi autorizada pela Lei nº 11.105 de 24 de março de 2005, Lei de Biossegurança. Apesar da ampliação das áreas de cultivo de OGMs em diferentes países nos últimos vinte anos, e da promessa que a biotecnologia aplicada à agricultura aumentaria a produção e reduziria os custos dos agricultores, o cultivo e o consumo de alimentos geneticamente modificados continuam provocando controvérsias em diversos setores da sociedade brasileira. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo analisar as condições gerais da produção de OGMs no Município de Barbosa Ferraz entre os anos de 2005 e 2015. A consecução da pesquisa compreendeu como etapas o levantamento de fontes escritas e virtuais, a leitura, fichamento e análise do material obtido, e a realização de entrevistas com os agricultores do Município. Foram entrevistados quatorze agricultores, em uma faixa etária entre 34 e 73 anos de idade, considerados como pequenos e médios produtores rurais. Nas entrevistas, foram utilizados os pressupostos teóricos e metodológicos da História Oral. Com os dados obtidos, verificou-se que os agricultores entrevistados não possuem conhecimento sobre as técnicas de produção de OGMs em laboratório e desconhecem a Lei de Biossegurança. A respeito do aumento da produtividade, a resposta dos entrevistados foi contraditória, pois ao mesmo tempo em que afirmaram uma melhoria nas condições gerais da agricultura, apontaram, igualmente, para um aumento nos custos de produção, em decorrência do aumento na quantidade de aplicações de agrotóxicos para combater os insetos pragas e as plantas invasoras que se tornaram mais resistentes.


Palavras-chave


DNA recombinante. Biotecnologia. Agricultura.

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