Iniciação Científica (PIC) e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), II Encontro Anual de Iniciação Científica da Unespar

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DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: PERFIL SÓCIOECONÔMICO DE ESTUDANTES INGRESSANTES DA UNESPAR/CAMPUS DE CAMPO MOURÃO (2015-2016)
Franciele Carlos Gonçalves, Ricardo Fernandes Pataro

Última alteração: 2016-08-03

Resumo


Esta pesquisa foi desenvolvida junto ao Programa de Iniciação Científica da UNESPAR/Campus de Campo Mourão com apoio financeiro da Fundação Araucária. O objetivo foi identificar e caracterizar o perfil socioeconômico dos(as) estudantes ingressantes na UNESPAR/Campo Mourão no ano de 2015. Diante do cenário de democratização da educação no Brasil e em meio à decorrente abertura do ensino superior a maiores parcelas da população, consideramos importante caracterizar o perfil dos(as) estudantes ingressantes no ensino superior da UNESPAR/Campo Mourão. Se levarmos em consideração que a UNESPAR é uma instituição recém criada, podemos afirmar que identificar o perfil de seus estudantes torna-se ainda mais importante para embasar ações de permanência, bem como atingir aos objetivos necessários para a consolidação da UNESPAR. Vale citar que esta IC faz parte de investigação mais ampla e está sendo desenvolvida de maneira concomitante a outro projeto de IC, com recorte diferente. Para atingir aos objetivos foram aplicados questionários individuais aos estudantes ingressantes de todos os 10 cursos da UNESPAR/Campo Mourão. De forma breve, os dados tabulados demonstram que os(as) estudantes são oriundos do ensino público (82% cursaram o ensino fundamental em escolas públicas, já no ensino médio esse número sobe para 86%), mais de 40% são moradores das cidades vizinhas, 75% são os primeiros(as) de suas famílias a ingressarem no ensino superior, 85% têm até 25 anos, 65% moram com os pais – cuja renda mensal de 78% deles gira em torno de 2 a 5 salários mínimos – e 70% trabalham para complementar a renda familiar. Os dados coletados nos permitem traçar um perfil inicial desses(as) estudantes. São jovens que, em sua maioria, ainda moram com os pais e trabalham para ajudar no orçamento doméstico. Chama a atenção o número significativo de estudantes residentes em municípios vizinhos, o fato de terem cursado a educação básica em escolas públicas e a baixa renda familiar. Tais dados são a base para planejar estratégias, políticas de equidade e assistência estudantil, além de evidenciarem que a democratização da educação básica no Brasil trouxe um novo perfil de estudantes para o ensino superior. Diante disso, acreditamos que devemos passar a desenvolver ações para prevenir a evasão e zelar pelo bom desempenho desses estudantes que começam a chegar no ensino superior brasileiro.

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