Última alteração: 2016-07-20
Resumo
Dada sua notável biodiversidade a Floresta Atlântica é um dos mais utilizados locais de estudo sobre interações ecológicas. Com esse intento o uso de insetos é comum, pois ocupam muitos nichos e habitats, onde se destacam polinizadores, componentes da teia trófica e herbívoros, como borboletas e mariposas. Esses animais em estágio larval se relacionam com o homem por inflamações causadas por cerdas urticantes e pragas na agricultura. Pesquisando-se juvenis, nesse contexto, há possibilidade de se saber quais espécies não apenas ocorrem num local, mas, que também se reproduzem no mesmo. As amostras foram obtidas manualmente capturando-se ovos e larvas das folhas de Solanaceae, Acanthaceae e Fabaceae de um fragmento florestal de Morretes no litoral do Paraná, sul do Brasil para criação em cativeiro até completarem o desenvolvimento. A coleta se deu em Floresta Ombrófila Densa SubMontana na Serra do Mar, em uma área de encosta montanhosa. As espécies foram determinadas através de chaves sistemáticas das fases adultas e plantas hospedeiras. Foram indentificadas: Celaenorrhinus par (Steinhauser & Austin, 1996), Nisoniades sp (Hübner, 1819), Nisoniades sp2. (Hübner, 1819), Oechydrus chersis evelinda (A. Butler, 1870), Urbanus proteus (Linnaeus, 1758), Dircenna sp. (E. Doubleday, 1847), Ithomia lichyi neivai (R.F. d'Almeida, 1940), Mechanitis lysimnia (Fabricius, 1793), Phoebis philea philea (Linnaeus, 1763) e Manduca sexta (Linnaeus, 1763). A maioria das espécies encontradas demonstrou grande plasticidade ecológica. Com a comparação dessa comunidade com outras na literatura, quanto a aspectos biológicos como vegetação e clima, pode-se conceituar, de maneira preliminar, essa área como visivelmente impactada, onde atuam o efeito de borda e a antropização, porém com características de vegetação secundária, clima úmido e quente.