As pesquisas sobre qualidade de vida ultrapassaram sua origem na saúde e constitui hoje uns dos campos mais importantes para o diálogo entre as diferentes disciplinas, no sentido de avançar, realmente, num denominador comum para o diálogo e o crescimento intelectual conjunto. O objetivo desse estudo foi investigar a percepção dos domínios de qualidade de vida de estudantes de musicoterapia da Universidade Estadual do Paraná, Curitiba, Campus II. A amostra foi selecionada de forma intencional. O questionário foi enviado para todos os alunos matriculados no curso, 36 alunos responderam por completo. Por tanto a amostra final foi composta por 36 alunos, do sexo masculino e feminino, com idade entre 18 e 50 anos (média de 28,08 anos) matriculados no 1°, 2°, 3° e 4° ano do curso de musicoterapia. Como instrumento de avaliação da qualidade de vida foi utilizado o Questionário Internacional de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde – WHOQOL/BREF. A coleta de dados foi realizada de outubro a novembro de 2015. A análise de dados foi feita por meio de média, desvio padrão, valor mínimo e máximo, frequência absoluta e relativa. Os resultados mostraram que o domínio com maior valor médio foi das Relações Sociais com 14,63 (valor mínimo 10,67 e valor máximo 18,67), enquanto que o menor escore médio foi no domínio Físico com a média de 12,27 (valor mínimo 9,14 e valor máximo 15,43). O domínio Psicológico apresentou a média de 14,00 (valor mínimo 12,00 e valor máximo 16,67) e o domínio Meio Ambiente apresentou a média de 13,75 (valor mínimo 11,50 e valor máximo 16,50). Em relação à Qualidade de Vida Geral a média foi de 14,17 (valor mínimo 10,00 e valor máximo 20,00), totalizando assim a média de 13,54 (valor mínimo 11,54 e valor máximo 15,85). Com esses resultados percebeu-se que o domínio Relações Sociais teve a média mais alta, enquanto o domínio Físico teve a média mais baixa, indicando que os alunos de musicoterapia necessitam preocupar-se com as questões relacionados aos aspectos físicos. Faz-se necessário que antes de cuidar da qualidade de vida do outro, é importante cuidar de si mesmo. Outros estudos devem ser realizados nesta temática, ampliando assim o conhecimento acerca dos fatores relacionados à qualidade de vida e musicoterapia.