O manejo da biodiversidade da Floresta Atlântica é um produto do estudo das espécies e dos fatores abióticos interferentes. Nesse contexto os insetos são um grupo abundante e têm grande importância ambiental. Mariposas e borboletas são bioindicadores da qualidade do ecossistema, componentes da teia alimentar e polinizidoras, estando envolvidas como pestes, na agricultura, e causando inflamações, nos aspectos médicos. A ocorrência das fases adultas desses indivíduos não serve muitas vezes como um parâmetro ambiental regional, uma vez que podem se dispersar facilmente pelo meio e, portanto, estudos com suas fases larvais, restritas ao local, são mais efetivos. Foram capturados manualmente das folhas de Piperaceae, Aristolochiaceae, Anacardiaceae e Melastomatacae, e identificados ovos, e larvas desses animais em um fragmento florestal de Morretes no litoral do Paraná, sul do Brasil. A área de amostragem apresenta Floresta Ombrófila Densa SubMontana adjacente a uma encosta montanhosa ligada a Serra do Mar. A identificação foi dependente das fases adultas e plantas hospedeiras através de chaves sistemáticas. Identificou-se: Carales astur (Cramer, 1777), Gonodonta sp. (Hübner, 1818), Eois sp. (Hübner, 1818), Memphis moruus stheno (Pritwittz, 1865), Quadrus sp. (Lindsey, 1925), Phocides sp. (Hübner, 1819), Morfotipo 1 de Noctuidae, Lobeza sp. (Herrich-Schäffer, 1854), Adelpha serpa serpa (Boisduval, 1836), Consul fabius druryi (Butler, 1874), Battus polydamas polydamas (Linnaeus, 1758), Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906) e Parides anchises nephalion (Godart, 1819). Comparando-se a formação vegetal, clima e outros aspectos abióticos locais com outras comunidades, onde podem ser encontradas as taxa identificadas, na literatura, determinou-se preliminarmente esse habitat como pouco impactado, com alta produtividade e muitos locais sombreados, oferecendo muitos nichos para as espécies características da Floresta Atlântica e notável possibilidade de pesquisas futuras.