As plantas podem produzir substâncias químicas, capazes de influenciar o crescimento e o desenvolvimento de outras plantas, a estes compostos chamamos de metabólitos secundários, e este processo é denominado de alelopatia. A palhada de Braquiária e Sibipiruna são muito utilizadas como cobertura vegetal para obtenção de adubo orgânico de baixo custo por produtores rurais em Paranavaí e região, estes desconhecem a existência dos compostos secundários em suas folhas. Este trabalho teve como objetivo primário, testar o efeito do extrato aquoso de folhas de Braquiária e Sibipiruna, sobre a germinação e crescimento de plântulas de alface e almeirão. Sementes de alface e almeirão foram esterilizadas em hipoclorito de sódio 2% e lavadas em seguida com água destilada. Separadamente de acordo com a espécie as sementes foram germinadas em placa de Petri em duas folhas de papel de germinação Germitest umedecidas em água destilada, que foi o grupo controle. O mesmo procedimento foi feito na presença de extratos de folhas de Sibipiruna e Braquiária, separadamente para cada tratamento. Avaliamos os efeitos dos extratos sobre a germinação das sementes ao longo de 96 horas, com contagem das sementes germinadas a cada 24h. A medida do comprimento da raiz foi realizada após 96 horas do início da incubação, as radículas foram cortadas e pesadas para a determinação da biomassa fresca e depois submetidas á estufa para determinação da biomassa seca. Ocorreu redução da porcentagem de germinação e do comprimento das raízes das plântulas, à medida que foi aumentada a concentração dos extratos de Sibipiruna ou Braquiária quando comparados aos respectivos controles. Observa-se também uma redução da biomassa fresca e seca de raízes das cultivares estudadas, à medida que aumentamos as concentrações dos extratos foliares. Portanto este trabalho mostrou que extratos foliares de Sibipiruna e Braquiária possuem efeito alopático sobre plântulas de alface e almeirão.