A mandioca e a soja tem grande importância econômica para a região de Paranavaí. Estudos prévios mostraram que extratos de folhas de mandioca inibem a germinação e o desenvolvimento inicial de plântulas de tomate. Os objetivos deste trabalho foram identificar o potencial citotóxico de folhas de mandioca, através do teste Allium Cepa e identificar se extrato aquoso de folhas de mandioca pode interferir na germinação, no crescimento, na biomassa e na viabilidade celular de sementes de soja e amendoim-bravo. Amendoim-bravo é uma planta considerada indesejável em plantações, pois compete com as plantas cultivadas por espaço, luz, água e nutrientes, provocando perdas na produção vegetal. Extrato de folhas de mandioca foram preparados utilizando-se 10g de folhas secas maceradas em 100mL de água destilada, este constituiu o extrato 100% e depois este extrato foi diluído nas concentrações de 50% e 25%. Foi determinada a viabilidade celular utilizando corante azul de Evans e a leitura feita em espectrofotômetro a 600nm. Os resultados do teste Allium cepa mostraram que o extrato de folha de mandioca foi citotóxico na concentração de 50%. Quanto à germinação as sementes de amendoim-bravo submetidas ao tratamento com extrato na concentração de 50% apresentou uma redução de 19%, e o tratamento na concentração 100% apresentou uma redução de 20% na germinação quando comparado ao controle, na concentração de 25% a redução foi de 5%, em soja ocorreu redução de 9% nas concentrações 25% e 100%. O extrato comprometeu o crescimento das radículas de amendoim-bravo nas concentrações de 50% e 100%, nas sementes de soja afetou o crescimento das radículas em todas as concentrações. O extrato comprometeu a biomassa fresca e seca das sementes de amendoim-bravo e soja.  As sementes de amendoim-bravo submetidas aos tratamentos de 25% e 100% apresentaram maior morte celular. Nas sementes de soja a morte celular foi elevada no tratamento 100%. Portanto o extrato foliar de mandioca comprometeu a germinação, crescimento inicial e biomassa das plântulas, apresentando uma citotoxicidade maior na concentração de 50%. O extrato causa morte celular mais elevada nos tratamentos, quando comparados ao controle, principalmente na concentração de 100%.