Última alteração: 2015-11-18
Resumo
O artigo analisa a variação linguística dos alunos provenientes do campo que, devido a sua convivência fazem uso do português informal, com vícios de linguagem e expressões pertinentes ao ambiente em que vivem. Buscamos um estudo sobre essa linguagem camponesa, analisando sua origem e a forma como é transmitida, assim como essa linguagem interfere na aprendizagem dos alunos em sala de aula. Acompanhamos e avaliamos a postura do professor diante desses alunos e analisamos a variação na oralidade dos alunos do campo comparando aos alunos da zona urbana quanto à evolução na fala no decorrer do avanço das séries/ano. A pesquisa foi de cunho bibliográfico e de campo, adotando como metodologia o marxismo histórico, o que nos possibilitou confrontar e questionar dialeticamente a teoria com a prática entre alunos do campo com alunos da cidade. Como resultado, constatamos haver variação linguística na fala dos alunos camponeses quando comparados aos alunos da zona urbana, indicando como decorrência o ambiente sócio cultural que estão inseridos. Por outro lado, constatamos haver uma evolução significante na oralidade dos alunos camponeses entre a primeira à quinta série do ensino fundamental, onde a margem de “erros” caiu de 79% para 25% na ultima série.