Última alteração: 2015-11-18
Resumo
RESUMO: A literatura juvenil ainda está um tanto à margem da literatura para adultos, o que suscita muitas discussões em torno deste assunto. O presente trabalho traz como propósito ressaltar uma vez mais a importância e o reconhecimento da literatura juvenil, juntamente com a relevante contribuição de um de seus maiores representantes, Domingos Pellegrini, que tem dentre suas obras, boa parte delas dedicadas ao público jovem. Dois de seus livros juvenis mais popularmente conhecidos que são A árvore que dava dinheiro, publicada pela editora Ática, em 1981, e As Batalhas do Castelo, publicada pela editora Moderna, em 1987, são analisadas sob a perspectiva da Estética da Recepção, com vista a encontrar as marcas do leitor modelo, descritas por Umberto Eco como “um leitor ideal”. Domingos Pellegrini é um paranaense, nascido no ano de 1949, reconhecido nacionalmente por seus prêmios Jabutis e também pela fama de ser um contador de histórias, como gosta de ser lembrado. Suas obras além de trazer as marcas de seu talento artístico, conferem ao leitor traços da expressão da cultura paranaense, narradas principalmente no espaço onde estas ocorrem. O procedimento metodológico foi essencialmente bibliográfico, com a leitura da fortuna crítica do autor e as obras teóricas que auxiliaram nas análises e execução do trabalho. Como dito a princípio, a literatura juvenil vai aos poucos conquistando seu espaço junto a seu público alvo, e o referido trabalho pretende contribuir, verificando assim que as selecionadas obras de Pellegrini trazem um leitor modelo, que pode naturalmente ser um adulto, porém, o resultado das análises apontam marcas de um leitor jovem.