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EDUCAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Última alteração: 2015-11-18
Resumo
A Sociolinguística é uma área que vem colaborando amplamente para uma educação mais igualitária, e no Brasil pesquisas a apontam como um dos ramos linguísticos que mais contribui para a educação, sobretudo a educação das minorias (Cf. BORTONI-RICARDO, 2004). Torna-se, então, imprescindível que professores de Língua Portuguesa da Educação Básica tenham uma formação adequada em teoria sociolinguística para, assim, poder aplicá-la em sala de aula. É esse mesmo motivo que justifica a necessidade de os professores estarem devidamente preparados para promoverem uma educação sociolinguística em suas salas de aula. Dessa forma, a presente pesquisa objetiva investigar de que forma a Sociolinguística Educacional está presente na formação de professores, inicial e continuada, de modo a desenvolver nesses agentes uma reflexão sociolinguística em sua prática pedagógica. Para isso, a metodologia adotada é a da pesquisa qualitativa, de base etnográfica colaborativa, pelo viés da pesquisa-ação (Cf. BORTONI-RICARDO, 2006; KEMMIS & MC TAGGART, 1988). A investigação ocorre em três etapas fundamentais: (1) fase exploratória (formulação da questão; contato com as instituições públicas onde a pesquisa se realizará; análise documental; preparação teórica e prática da equipe); (2) trabalho de campo (observação participante do trabalho docente nas turmas selecionadas; produção de diários de campo; aplicação de técnicas que favoreçam a compreensão do problema de pesquisa; análise etnográfica com gravação das aulas; construção de banco de dados); (3) análise do material documentado (transcrição das gravações; análise e interpretação dos dados; elaboração de textos referentes à pesquisa). Por meio dessas etapas, foi possível analisar o conhecimento sociolinguístico dos professores de Ensino Fundamental II e sua prática em sala em aula, propondo, então, uma reflexão acerca da educação sociolinguística e suas contribuições para o ensino-aprendizado de língua materna. Os resultados da pesquisa sinalizam a necessidade de um acompanhamento mais sistemático e efetivo com esses professores para que os ranços de um senso comum excludente tenham cada vez menos espaço nas salas de aula e para que, consequentemente, o ensino de língua materna seja de fato amplo, constitutivo e inclusivo, preparando os alunos para a legítima inserção na vida em sociedade.
Palavras-chave
Sociolinguística educacional; ensino de língua materna; ensino fundamental II
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