Esse artigo é resultado de uma investigação sobre a participação do artista paranaense Antonio Arney na XI Bienal Internacional de São Paulo, em 1971. Para isso, foi realizada pesquisa documental sobre o artista, além de consultas às bibliografias sobre a produção artistica nacional (CANONGIA, 2005; ZANINI, 1983) e paranaense (FREITAS, 2013; BORGES;FRESSATO, 2008; CAMARGO, 2002; ARAUJO, 2006) referentes ao período de 1960 e 1970. Sobre a XI Bienal de São Paulo foram consultados (AMARANTE, 1989; ZAGO, 2009; AMARAL, 1983). Além disso, foi abordado o conceito de montagem, de Peter Burger. A principal contribuição deste trabalho foi resgatar a produção deste artista pouquíssimo estudado até então. A produção de Antonio Arney, mais especificamente suas montagens, iniciadas a partir de meados de 1960, estavam em sintonia com a produção artística que se via no país neste período. Sendo assim, este artigo buscou retomar este importante evento na trajetória de Antonio Arney e é também uma tentativa de inserir o artista de maneira mais significativa na história de seu próprio Estado. Isso porque até hoje sua produção artística foi pouco estudada e muitas vezes o artista é apenas brevemente citado em escritos sobre a arte paranaense deste período.