Última alteração: 2015-11-18
Resumo
RESUMO:Através da leitura e análise de obras didáticas (PRIORI, Angelo [et al.], 2012; ROLLEMBERG, Graziella, 2011; TUMA, Madga M. P., 2005) concernentes ao tema proposto, o objetivo do presente trabalho é analisar como os livros didáticos abordam o processo de descoberta, colonização e formação do atual estado do Paraná.
Num primeiro momento, busca-se compreender os mecanismos da conquista do estado, ocorrida no século XVI, realizada por portugueses e espanhóis, com o escopo de explorar as riquezas naturais da terra, abastecer o comércio europeu e manter as relações exclusivistas entre metrópole (Portugal) e colônia (Brasil). Fora isso, ressalta-se também a utilização e importância da mão-de-obra escrava- primeiramente autóctone, e africana, num momento posterior - para a constituição e desenvolvimento econômico e social do estado. Além disso, pretende-se dar enfoque à sucessão de fatos e o contexto de crise e pelejas que levaram à emancipação política da 5ª comarca (território paranaense) da jurisdição da província de São Paulo, e a criação da província do Paraná, no ano de 1853.
É importante ressaltar a miscelânea cultural, isto é, a amálgama entre populações indígenas, africanas e européias (as quais são provenientes dos colonizadores e dos imigrantes de diversas procedências, como alemães, franceses, japoneses, italianos, e etc., que vieram ao Brasil no século XIX e XX, visando alcançar melhores condições de vida, e que acabaram por substituir a mão-de-obra escrava nas lavouras de café, o que representou, de certa forma, a transferência do modelo de trabalho compulsório para o trabalho assalariado), o que deu origem à um caldo cultural que resiste até os dias de hoje.
Já no princípio do século XX, com o início da plantação cafeeira, o norte do Paraná sofre grandes transformações econômicas, estruturais e desenvolvimentistas. Porém, na década de 1960, ocorre o incremento de atividades urbanas e industriais, em detrimento da até então economia agro-exportadora, o que resulta no êxodo rural e num processo de urbanização.
É factível, pois, que a história do Paraná não é estanque, mas pelo contrário, abrange uma série de desdobramentos econômicos, sociais, políticos e culturais, ao longo dos séculos, os quais serviram para matizar o estado paranaense em sua constituição e particularidades.